Quatro homens com idades entre 22 e 40 anos foram presos em flagrante na noite de quarta-feira (11) sob a suspeita de tentar extorquir dinheiro de um empresário de 34 anos, que era mantido em cativeiro havia seis dias em uma favela na região de Cidade Ademar (zona sul da capital paulista). Os quatro negaram participação no crime, com a presença de seus advogados na delegacia.
Em depoimento no 98º DP (Jardim Miriam), a vítima afirmou que trafegava com seu carro pela estrada dos Alvarengas, no último dia 5, quando foi abordada e "arrebatada" por ao menos três criminosos. A rappaz resistiu e, por isso, afirma ter levado quatro coronhadas na cabeça.
Depois disso, ele foi jogado em outro veículo, onde teve as mãos amarradas e os olhos vendados, sendo levado em seguida para o cativeiro. Lá, a vítima diz ter sido torturada com facadas na perna e agredida com chutes e socos. Os bandidos, segundo a polícia, exigiam R$ 100 mil para libertar o empresário, que insistia não ter o dinheiro.
A movimentação no cativeiro chamou a atenção de moradores, que acionaram o 22º Batalhão da PM. O barraco, de um cômodo, é de difícil acesso, feito por meio de uma escada íngreme.
Policiais militares foram até o endereço indicado e avistaram um dos suspeitos em frente ao barraco. "O homem tentou fugir ao perceber a presença policial, mas foi detido. Com ele foi localizada uma pistola calibre ponto 40", afirma trecho do registro policial.
Com um suspeito já preso, os policiais entraram no barraco e se depararam com outros três criminosos, presos também logo em seguida.
A vítima foi encontrada deitada sobre um colchão, "muito debilitada e com ferimentos pelo corpo".
De acordo com a polícia, entre os presos, um de 22 anos era foragido da Justiça por roubo, desde agosto de 2019. Os quatro suspeitos foram indiciados em flagrante por extorsão mediante sequestro e organização criminosa. Todos estão à disposição da Justiça. A Polícia Civil já solicitou a prisão preventiva do quarteto.
Capital paulista concentra sequestros
Os sete crimes de extorsão mediante sequestro registrados na capital paulista no primeiro semestre deste ano correspondem à mesma quantidade de delitos do tipo computados pela Divisão Anti-sequestro, da Polícia Civil, em todo o ano passado.
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