Relatório do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) divulgado nesta quarta-feira (1º) apontou que o mês de agosto foi mais quente do que a média que se observa no mesmo período em outros anos. Segundo o documento, a temperatura máxima média para o mês foi de 24,4°C.
O número é maior, por exemplo, do que em 2019 e 2020 no mesmo período. Em ambos os casos a média máxima de temperatura ficou na casa dos 23,8°C.
Ainda segundo o relatório do instituto, a maior temperatura em agosto deste ano foi registrada no dia 26 quando os termômetros chegaram a 32,8°C, sob condições de tempo pré-frontal — o qual antecede a chegada de uma frente fria — com forte aquecimento, finalizando uma sequência de dez dias com temperatura acima dos 29°C, bastante quente para agosto.
De acordo com os registros, o Inmet informa que o recorde de maior temperatura máxima diária para agosto ocorreu tanto em 1952 como em 1955 quando os termômetros marcaram a casa dos 33,1°C.
"É normal acontecer a formação de bloqueios atmosféricos, massa de ar seco e quente, sobre as regiões Sudeste e Centro-Oeste nesta época do ano, principalmente na segunda quinzena de agosto, quando são observadas as maiores temperaturas médias e absolutas do mês. Esse sistema bloqueia as frentes frias que são desviadas para o oceano Atlântico, o que provoca uma sequência de dias com tempo estável, ensolarado e seco. Além disso, a circulação dos ventos facilita o aquecimento e o ressecamento do ar, o que provoca temperaturas elevadas para a época do ano, e baixa umidade do ar, inferior a 30%, no período da tarde", explica, em nota, o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), órgão ligado à Prefeitura de São Paulo, sobre o que poderia explicar as altas temperaturas este ano em agosto.
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