Dois irmãos foram presos suspeitos de desviar cerca de R$ 13 milhões com transações comerciais fraudulentas, segundo a polícia, feitas por meio de transferências bancárias via Pix. As principais vítimas deles, segundo a polícia, são bancos digitais. As detenções ocorreram quinta-feira (9), em condomínios de luxo em Sorocaba (99 km de SP) e Salto (101 km de SP).
A falta de segurança para as transações de dinheiro instantâneas fez o Banco Central mudar algumas medidas para evitar crimes, como limites de transferências para o período noturno. Delegados temem que a criminalidade possa aumentar com a facilidade deste tipo de operação bancária.
Segundo o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), para aplicar os golpes os suspeitos faziam compras, usando máquinas de débito.
A investigação aponta que, durante as transações bancárias, a dupla fazia o estorno de quantias, conseguindo com isso dobrar os valores do golpe. A polícia não deu mais detalhes sobre como o esquema criminoso era feito.
Desde o início do ano, policiais da 6ª Delegacia do Patrimônio, que investiga facções criminosas, monitoram as atividades dos irmãos -- que não tiveram a identidade informada e cujas defesas também não foram localizadas.
Com base nos indícios levantados pelo departamento policial, desde janeiro, a Justiça expediu dois mandados de busca e apreensão, cumpridos na manhã de quinta na casa dos suspeitos, ambas em condomínios de luxo no interior paulista. Nas residências, policiais apreenderam documentação sobre o esquema, além de dois carros de luxo.
Os dois irmãos foram presos e autuados por associação criminosa.
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