Feirante é morto baleado em roubo na zona sul de São Paulo

Dupla em uma moto fugiu levando a bolsa da mulher da vítima

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São Paulo

Um feirante que saía para trabalhar foi morto durante um roubo na manhã deste sábado (9), na rua Glycério Almeida Maciel, no Jardim Itapura (zona sul da capital paulista).

De acordo com a Polícia Militar, o latrocínio ocorreu por volta das 5h40, quando dois homens em uma moto aproveitaram que a vítima e a mulher deixavam a residência em uma Kombi e anunciaram o assalto.

Parte da ação foi registrada por uma câmera de monitoramento e compartilhada em redes sociais da zona sul.

O veículo teria apresentado uma falha mecânica, momento que os criminosos tentaram o assalto. As imagens mostram o piloto parando a moto em frente ao veículo do feirante e desce em direção à porta. Pouco depois o outro motociclista aparece correndo, os dois sobem na motocicleta e fogem.

O garupa teria efetuado efetuou o disparo em direção à cabeça do feirante, mas o tiro não foi registrado pelo vídeo.

A reportagem conversou com uma sobrinha da vítima. A mulher, que pediu para não ser identificada, disse que seu tio, José Gomes, 54 anos, tinha relatado um problema na embreagem do carro desde quinta-feira (7).

"A princípio, eles queriam os aparelhos celulares e a bolsa. Não houve reação. Como estava com problmema na Kombi, ela começou a descer sozinha. Meu tio informou para eles que iria estacionar. Não sei o que aconteceu, se eles acharam que ele estava mentindo ou iria pegar alguma coisa", afirmou.

A mulher disse que a madrinha já estava fora do carro quando os criminosos atiraram em seu padrinho. Ao ser baleado, Gomes estava em direção ao trabalho, na praça do Jardim Miriam, também na zona sul.

Segundo a PM, os homens fugiram levando a bolsa da mulher do feirante, que tinha documentos, dinheiro e um aparelho celular.

Socorrido ao hospital da região, o feirante não resistiu aos ferimentos e morreu na tarde deste sábado. O caso deve ser registrado no 80° DP (Vila Joaniza).

Procurada, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que a "6ª Cerco (Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências) realiza diligências para identificar e prender os autores do crime".

Latrocínios

Reportagem recente do Agora detalhou que a zona sul da capital registrou maior parte dos casos de latrocínio na cidade. Das 35 pessoas mortas durante assaltos na capital paulista, entre janeiro e julho deste ano, 18 foram assassinadas na região, segundo dados da SSP (Secretaria da Segurança Pública), representando 51% do total.

A capital paulista, de forma geral, registrou aumento de 25% no número de pessoas mortas durante assaltos, quando se compara com os 28 casos de janeiro a julho do ano passado aos 35 latrocínios do mesmo período de 2021.

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