Rede municipal de SP volta a permitir 100% dos alunos nas escolas nesta segunda (25)

Apesar do fim do distanciamento, presença dos estudantes segue facultativa

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Mariane Ribeiro
São Paulo

A partir desta segunda-feira (25), as escolas da rede municipal de ensino da capital paulista poderão voltar a receber 100% dos alunos simultaneamente, sem a necessidade de distanciamento social.

A medida acaba com o revezamento, mas, os pais que ainda não sentirem segurança para enviar seus filhos às escolas, por causa da Covid-19, podem continuar com o ensino remoto, segundo a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, pois a presença em sala de aula ainda é facultativa.

Professora na Emei Sao Paulo, na Vila Clementino, zona sul de São Paulo; distanciamento entre alunos acaba na rede municipal da capital paulista a partir desta segunda-feira (25) - Rivaldo Gomes - 15.fev.21/Folhapress

"O retorno ficará a critério dos pais ou responsáveis, desde que se comprometam com as resoluções das atividades de forma remota, enquanto durar o período de emergência ocasionado pela pandemia do novo coronavírus, de acordo com a Lei número 17.437, de 12 de agosto de 2020", afirma a pasta, em nota.

A gestão de Ricardo Nunes (MDB) explica que o atendimento remoto aos alunos que não comparecerem presencialmente às aulas ocorrerá por meio do Google Sala de Aula e de outras ferramentas que auxiliam no ensino híbrido, como materiais impressos a serem retirados pelos pais ou responsáveis.

Como o anúncio dessa flexibilização ocorreu no último dia 14, a secretaria afirma que as unidades escolares utilizaram esse período para se prepararem para receber sua capacidade total de alunos.

"As escolas tiveram mais de 10 dias para se adaptarem, assim como para o contato e orientações às famílias, com reorganização das salas de aula e reforço nas orientações para cumprimento dos protocolos, como uso obrigatório de máscara, higienização das mãos e ambientes", diz a pasta.

Segundo a secretaria, adequações de espaços foram realizadas de acordo com as necessidades de cada unidade e incluem sinalizações e instalações de novos bebedouros, por exemplo.

"Do total de recursos destinados para a adequação das escolas ao protocolo de higiene e segurança elaborado em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde, R$ 274 milhões foram utilizados na reforma de 552 escolas, além dos valores do Programa de Transferência de Recursos Financeiros para que as unidades realizassem o necessário para o retorno", afirma a gestão Ricardo Nunes.

Atualmente a rede municipal atende a mais de 1 milhão de estudantes espalhados por 4.000 unidades de ensino. Mas nem todos eles poderão retornar as aulas presenciais na segunda-feira (25) por causa de problemas estruturais que se arrastam há meses em algumas escolas.

O CEU Formosa, fechado por problemas hidráulicos há mais de um ano, e a Emei Aviador Edu Chaves, que aguarda reparos após ser furtada três vezes, pertencem a um grupo de 19 unidades escolares do município que apresentam problemas físicos e que, por isso, não retomarão as aulas presenciais.

O fim do distanciamento social e a retomada de 100% dos alunos nas aulas presenciais não colocará um ponto final nos protocolos de prevenção à Covid-19 nas escolas. O uso de máscaras e de álcool em gel seguem sendo obrigatórios.

Retomada na rede estadual

A liberação para que as escolas municipais da cidade de São Paulo voltem a receber presencialmente 100% dos alunos sem a necessidade de distanciamento social segue a mesma linha de flexibilização colocada em prática pelo governo do estado.

Desde a segunda-feira (18), as escolas estaduais estão liberadas a receber presencialmente todos os seus estudantes, desde que a unidade escolar consiga respeitar o distanciamento de 1 metro entre os alunos.

Para as escolas que não possuem capacidade física para atender esse requisito, as aulas seguem em sistema de revezamento até o dia 3 de novembro, quando o protocolo de distanciamento deixará de valer e a presença diária passa ser obrigatória para todos os alunos da rede, com fim do ensino remoto, a não ser para casos excpecionais.

Segundo Henrique Pimentel, chefe de gabinete da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, esse período tem servido como teste e foi criado exatamente para que as escolas pudessem se preparar para o retorno 100% e sem distanciamento.

"As escolas estão usando esse tempo para se organizar e para comunicar as famílias sobre a obrigatoriedade, reorganizar o espaço", afirma. "Mas sabemos que mais da metade das escolas já estão com 100% dos alunos presencialmente", afirma Pimentel.

"Vimos [na semana passada] que os pais estão bem aliviados. Muitos, principalmente das camadas mais vulneráveis, estavam sendo prejudicados pelo revezamento", afirma. "Temos 97% de cobertura vacinal dos profissionais de educação e 90% dos alunos estão vacinados com ao menos uma dose. E e vamos continuar com os protocolos de uso de máscara e álcool em gel", diz.

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