Criadas a partir de 2014, ainda na gestão Fernando Haddad (PT), as ciclovias somam cerca de 500 quilômetros e estão espalhadas pela capital.
Passados esses anos, é natural que precisem de manutenção e reparos frequentes. Pelo visto, não é o que vem ocorrendo: o Vigilante Agora percorreu 20 delas, e a situação é de penúria.
Além de lidar com o desrespeito de motoristas que invadem as faixas exclusivas, os ciclistas ainda sofrem com uma série de riscos e desafios.
Poucas pistas estão com a pintura em dia. Há longos trechos em que a tinta vermelha _uma questão de segurança_ já desapareceu completamente. Também não faltam buracos, desníveis, rachaduras e remendos malfeitos. Alguns trechos também viraram depósito de lixo e entulho.
A região mais crítica é a zona leste: em frente a um posto de saúde, na Água Rasa, a ciclovia serve como estacionamento para carros e motos. Já na rua Taquari, na Mooca, uma caçamba bloqueava os dois sentidos.
A prefeitura, agora sob a gestão Bruno Covas (PSDB), se comprometeu a vistoriar e reparar os locais apontados pela reportagem. Também disse que pretende ampliar e reformar a malha cicloviária até 2020.
Vale lembrar que, para boa parte dos especialistas, as ciclovias foram implantadas às pressas. Muitas se mostraram desnecessárias, com pouco tráfego e sem conexão com outras.
Essas falhas, porém, não livram a atual gestão de zelar pelo dinheiro público gasto com as obras. E, principalmente, pela vida dos milhares de paulistanos que diariamente se valem delas.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.