Só o bônus não resolve

A gestão João Doria (PSDB) liberou nesta quinta-feira (18) o Bônus da Educação, que será pago na próxima terça-feira (23) a 187 mil professores e outros servidores da rede estadual de ensino.

Neste ano, o total distribuído será de R$ 425 milhões. Cada professor vai receber, em média, R$ 2.356,05.
Têm direito à grana extra os servidores dos colégios que avançaram no Idesp (índice da educação do estado) entre um ano e outro.

Sala de aula da Escola Estadual Antônio Vieira de Souza, em Guarulhos (Grande SP) - Rivaldo Gomes - 29.mar.16/Folhapress

Diante do atual quadro do ensino público em São Paulo, a política de bônus é muito bem-vinda. No ano passado, ainda na gestão Geraldo Alckmin (PSDB), o estado perdeu a liderança no ranking que leva em conta o desempenho no país.

A rede paulista comeu poeira no principal indicador de qualidade da educação básica: ficou para trás em duas etapas no ensino fundamental e médio.

No ensino médio, a situação é mais grave. A nota caiu de 3,9 para 3,8. Por causa disso, São Paulo foi ultrapassado por estados como Goiás, Espírito Santo e Pernambuco. E ainda empatou com Ceará e Rondônia.

É claro que não será apenas com um prêmio anual que o estado avançará na educação. Os próprios professores aprovam a gratificação, mas defendem aumentos reais, incorporados ao salário.

O que o governo precisa mesmo é investir pesado na melhoria do currículo, na capacitação dos professores e na infraestrutura das escolas.

Até porque é difícil engolir que São Paulo, o estado mais rico da nação, fique atrás de outros bem mais pobres.
 

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