Quem anda de ônibus em São Paulo muitas vezes é obrigado a conviver com superlotação, atrasos, veículos velhos e motoristas imprudentes.
Alguns passageiros, principalmente na periferia, também enfrentam uma onda de assaltos nos pontos. No final da madrugada, gangues promovem arrastões para levar celulares e carteiras.
A falta de segurança, ao que parece, chegou aos terminais. O Vigilante Agora visitou dez deles na semana passada, dois por região da cidade. De modo geral, a impressão é de que há poucos vigias e uma iluminação insuficiente.
A situação mais preocupante é no Terminal Vila Nova Cachoeirinha (zona norte). A reportagem encontrou três pessoas que disseram ter sido vítimas de ladrões. Uma delas era um cobrador, que flagrou um "passageiro" limpando o caixa --o homem acabou fugindo. Já uma dona de casa conta que teve o celular roubado dentro do coletivo.
Em Santana, também na zona norte, houve recentemente um assalto no banheiro. Também há queixas nos acessos e no entorno dos terminais, com a presença de usuários de drogas.
Ligada à gestão Bruno Covas (PSDB), a SPTrans diz que não recebeu nenhuma denúncia de roubo no terminal Cachoeirinha e que o espaço "passa por manutenções preventivas e corretivas". O Metrô, responsável por alguns espaços, destaca "rigoroso plano de segurança".
A licitação para reorganizar o sistema de ônibus na capital se arrasta desde 2013. Ela prevê conceder a operação e manutenção dos terminais à iniciativa privada. Pode até ser uma solução. Mas, enquanto isso, quanto tempo mais será necessário para que os passageiros se sintam realmente seguros nos coletivos?
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