Na novela das candidaturas de laranjas do PSL, a situação do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, só faz piorar. Uma operação da Polícia Federal na última quinta-feira (27) tornou mais evidentes as suspeitas sobre o possível envolvimento dele no esquema, revelado pelo jornal Folha de S.Paulo.
Foi decretada a prisão temporária de um assessor especial e dois ex-assessores do ministro. O trio já está na rua, mas acabou indiciado pela PF.
Um deles, Mateus Von Rondon, é considerado o braço direito de Álvaro Antônio no governo Jair Bolsonaro (PSL). Os outros dois, Roberto Silva Soares e Haissander Souza de Paula, trabalharam na campanha eleitoral que o elegeu deputado federal por Minas Gerais.
Para investigadores, a turma pode ter ajudado o então presidente do diretório estadual do PSL num esquema vergonhoso para desviar grana do governo para os bolsos deles.
Quatro candidatas estão no centro das investigações. Elas receberam dinheiro público para participar das eleições de 2018, mas não existe nem sinal de que tenham feito campanha de verdade.
A história fica mais estranha ainda por causa do destino de parte da verba: uma empresa de Von Rondon e outras ligadas a um irmão de Roberto Soares.
Mas, até aqui, todas essas suspeitas não valem muita coisa para o chefe do ministro. Segundo Bolsonaro, as investigações devem mirar todos os partidos em vez de ficar fazendo pressão em cima do PSL para atingi-lo.
De fato, é necessário verificar se mais políticos podem ter feito algo parecido. Só que isso não muda em nada as suspeitas que ganham mais fôlego contra o ainda ministro do seu governo.
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