Política no zap

Os brasileiros estão em peso em redes e aplicativos sociais. Segundo pesquisa Datafolha deste mês, nada menos que 7 em cada 10 adultos utilizam essas ferramentas, que podem tanto unir quanto virar fonte de dor de cabeça. 

Ilustração no Financial Times para a revelação exclusiva de que empresa de Israel hackeou o WhatsApp - Reprodução

A primeira posição da lista de preferência nacional é ocupada pelo WhatsApp (69%). Depois, estão Facebook (59%), Instagram (41%) e Twitter (16%).

No mais popular deles, o WhatsApp, os usuários tratam de diversos assuntos. Em primeiro lugar, aparece o tema família (39%), seguido por trabalho (31%), política (30%), amigos (15%), futebol (14%), escola (13%) e religião (12%).

Chama a atenção a quantidade de gente que usa o aplicativo para conversar (ou brigar) sobre política. Parece um sinal de que o clima de fla-flu da última eleição permanece no país.

Foi justamente na época de campanha que o serviço de troca de mensagens esteve no centro de uma polêmica. Reportagens do jornal Folha de S.Paulo mostraram que empresários bancaram disparos em massa para favorecer Jair Bolsonaro. Campanhas de rivais também apelaram para manobras do tipo. 
Passados oito meses da vitória do candidato do PSL, política (32%) é o segundo tema favorito entre aqueles que consideram o governo dele ótimo ou bom, só atrás de questões familiares (44%).

Já entre as pessoas que avaliam a gestão do presidente como ruim ou péssima o resultado fica um pouco diferente: política com 36%; e família, 35%.

É importante, claro, que a população acompanhe e discuta as decisões de Brasília. Mas deve-se tomar cuidado com as informações falsas e a agressividade exagerada que tanto aparecem nas redes sociais e contaminam o debate.

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