Balança, mas não cai?

Não importa se você está a pé ou motorizado. Seja para caminhar, seja para atravessar de carro ou moto, encarar as pontes e viadutos na capital pode se tornar uma atividade perigosa.

Madeira substitui as grades do viaduto Guadalajara, na zona leste de São Paulo - Rivaldo Gomes - 8.ago.19/Folhapress

Em novembro último, o trecho de um viaduto na marginal Pinheiros cedeu dois metros por falta de manutenção. Por sorte, não houve feridos graves, mas o local ficou quatro meses interditado.

Em janeiro foi a vez de uma ponte na marginal Tietê que dá acesso à via Dutra. O rompimento de uma viga provocou a sua interdição. A pista só foi liberada para o tráfego cinco meses depois.

A gestão Bruno Covas (PSDB) chegou a admitir oficialmente que desconhece a real condição de uso das 185 pontes e viadutos de São Paulo. Após os acidentes, a prefeitura decidiu fazer uma varredura nas estruturas mais críticas.

Seria importante que a prefeitura observasse, também, as condições dos gradis e guarda-corpos desses elevados. Como mostrou o Vigilante Agora, muitos apresentam falhas de manutenção e até mesmo risco de queda aos pedestres.

O caso mais grave é o do viaduto Guadalajara, no Belém (zona leste). O gradil na calçada foi arrancado —um perigo, já que a via está a 15 metros de altura. A situação absurda fez um morador improvisar. Ele deu uma de zelador e tampou parte do rombo com placas de madeira.

Já na Bela Vista (centro), um gradil amassado e enferrujado do viaduto Júlio de Mesquita Filho continua exatamente como estava há dois anos, quando o Vigilante revelou o problema. 

A prefeitura disse que iria vistoriar o Guadalajara —aquele de onde alguém pode cair a qualquer hora— na última sexta-feira (9). Só resta torcer para que o conserto não demore dois anos. Ou mais.

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