No caminho certo

A Assembleia Legislativa de São Paulo acaba de aprovar um projeto de lei que permite o desembarque de idosos, mulheres e pessoas com deficiência fora dos pontos de ônibus, entre as 22h e as 5h do dia seguinte, nas regiões metropolitanas do estado.

A proposta, que ainda depende da sanção do governador João Doria (PSDB), vale para os coletivos da EMTU na Grande São Paulo e e em regiões como as de Campinas, do Vale do Paraíba e da Baixada Santista, entre outras. Na capital, a regra já funciona nos ônibus municipais.

A medida parece positiva e faz sentido, principalmente pela violência nas grandes cidades do estado. Esses três grupos de passageiros são mais vulneráveis durante a noite e a madrugada. 

Como se sabe, o risco de roubos e estupros é alto, ainda mais nos bairros de periferia. Os passageiros nos extremos da capital, por exemplo, já enfrentam há algum tempo, pouco antes do amanhecer, arrastões nas paradas de ônibus. 

Ônibus gerenciados pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo) vão poder parar em qualquer lugar da linha para atender pedidos de deficientes, idosos, mulheres e deficientes - Robson Ventura/Folhapress

Parar antes do ponto também ajuda os mais velhos e deficientes, que eventualmente podem chegar aos seus destinos com mais conforto e rapidez.

O desembarque não poderá ser realizado fora do itinerário da linha nem onde o estacionamento é proibido. Observar essas regras, assim como todas as outras normas de trânsito, é fundamental. 

Esse recado vale para a própria EMTU. No primeiro bimestre deste ano, o número de críticas relatadas por direção perigosa pulou de 79 para 121 (53,2% a mais) em relação ao mesmo período de 2018. As condições físicas dos veículos receberam 211 queixas (alta de 47,6%).

Os ônibus metropolitanos devem, portanto, redobrar a atenção. A segurança dos usuários vem em primeiro lugar.

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