Descrição de chapéu Editorial

Todos contra a dengue

Brasil já somava mais de 1,4 milhão de casos até 24 de agosto

A dengue voltou com tudo. Até o dia 24 de agosto, o Brasil já somava mais de 1,4 milhão de casos da doença em 2019. O número é sete vezes o registrado no mesmo período do ano passado.

Lixo e entulho acumulado no leito do córrego que margeia a rua Pelicano no bairro Anhanguera (zona oeste) - Rivaldo Gomes/Folhapress

Para piorar, outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti também voltaram a ser motivo de preocupação. Dengue, principalmente, zika e chikungunya já mataram 650 pessoas neste ano. O país pode bater o triste recorde de 2015, quando houve 1.001 mortes.

Há quatro anos, a calamidade incluiu uma série de bebês nascidos com microcefalia. Em 2019, a zika também está em alta —um aumento de 47% em relação a 2018, com 9.813 casos e 2 mortes.

É por isso que fez bem o Ministério da Saúde ao adiantar em dois meses a campanha de conscientização para o combate ao mosquito. A intenção do governo é se antecipar à temporada de chuvas.

Em meio à falta de grana, é preocupante saber que, além do fumacê, muitas prefeituras estão reduzindo as visitas das equipes de saúde às residências em busca de focos do Aedes. Houve, inclusive, falhas na entrega do inseticida por parte do governo federal.

Uma boa medida foi a lei que autoriza, em casos de risco grave à saúde pública, a pulverização com aviões, mais uma arma contra essas doenças.

Por mais que as autoridades façam a sua parte, o principal aliado nessa guerra é o cidadão. Todo brasileiro deveria estar atento a potes, garrafas, jarras, baldes e caixas d’água destampados. Deve-se ainda lavar e escovar recipientes de plantas e não descartar lixo em locais que possam acumular água.

Com o verão chegando, todo cuidado é pouco para enfrentar esse trio infernal de viroses e suas mortes evitáveis.

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