São Paulo já esquenta os tamborins para ser palco do maior Carnaval de rua de sua história. A capital, que já foi apelidada de "túmulo do samba", pela primeira vez terá desfiles em todas as suas 32 subprefeituras.
A folia também será gigantesca no quesito número de blocos. A previsão é de que haverá um aumento de 70% em relação às 490 agremiações do ano passado. Até mesmo o famoso Galo da Madrugada, de Recife, estará na cidade.
Com tanta animação, São Paulo poderá ser o principal destino turístico do país durante a festa --à frente, inclusive, de Rio de Janeiro e Salvador. Com mais dinheiro circulando, hotéis, bares e restaurantes devem ampliar seus lucros.
A expansão do Carnaval de rua é um fenômeno em muitas cidades. No Rio, por exemplo, os blocos começaram a voltar às ruas a partir da primeira década deste século. O retorno do que seria um tipo mais autêntico da festa ganhou elogios da população e de especialistas.
Com o tempo, porém, a outra face do crescimento da folia mostrou-se problemática: falta de banheiros públicos, aumento de furtos, confusões no trânsito, áreas protegidas ocupadas por blocos não autorizados e excesso de barulho.
A Prefeitura de São Paulo afirma que reestruturou todo o planejamento do evento para reduzir os transtornos. Ao longo de 37 reuniões, os trajetos dos blocos passaram pelo crivo de órgãos como CET, SPTrans (empresa responsável pelos ônibus), polícia e GCM (Guarda Civil Metropolitana). Medidas em outras áreas também foram anunciadas.
Cabe agora às autoridades fazer com que essa reorganização saia do papel e garanta à cidade e aos paulistanos um padrão razoável de funcionamento.
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