Bancos mais seguros

Houve uma época em que os brasileiros tinham mais motivos para se preocuparem com assaltos a bancos. Quando transações em dinheiro vivo eram mais comuns e atividades como saques, depósitos de cheques e pagamentos de contas exigiam ir a uma agência, esse tipo de crime era mais frequente.

Com o avanço da tecnologia, muitos correntistas hoje não precisam se deslocar ao banco com regularidade. 

O Governo de São Paulo decidiu mudar a identidade visual dos veículos utilizados pela Polícia Militar
O Governo de São Paulo decidiu mudar a identidade visual dos veículos utilizados pela Polícia Militar. - Reprodução

Essas mudanças, aliadas a dispositivos de segurança como portas giratórias com detectores de metais e cofres que só são abertos em horários predeterminados, têm feito com que os roubos a bancos venham caindo no estado de São Paulo desde o pico registrado em 2006, quando houve 37 casos do tipo.

A repressão e a investigação pela polícia das quadrilhas que praticam essa modalidade criminal também devem ter contribuído para que se chegasse ao mês de janeiro de 2020 sem nenhum caso em terras paulistas. 

É claro que persistem outras modalidades criminosas relacionadas à atividade bancária, como sequestros relâmpagos, abordagens violentas a quem acaba de sacar grandes quantidades de dinheiro (a chamada “saidinha”) e explosões de caixas eletrônicos. Este último, porém, também está em queda.

A tendência segue um movimento geral de redução nos registros de diversos delitos no estado, como homicídios e roubos de todos os tipos —embora os números ainda mostrem alta dos casos de furtos e estupros.

O governo paulista merece crédito, sem dúvida, pela melhora na segurança pública. Isso não justifica, porém, o aumento do número de mortes provocadas pela polícia no ano passado.

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