A luta contra o coronavírus

Não há motivos para se surpreender, muito menos para se alarmar, com a confirmação do primeiro caso do novo coronavírus no Brasil. Em um mundo tão conectado como o de hoje, a chegada da síndrome respiratória já era previsível.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) deve declarar em breve que há uma pandemia em curso, já que a transmissão do vírus acontece em duas regiões do planeta (Ásia e Europa). 

Em solo europeu, mais visitado por brasileiros do que a China, o foco principal é a Itália: já são mais de 320 infectados e uma dúzia de mortes. O paciente paulista cuja enfermidade se confirmou tinha voltado de lá na sexta-feira (21).

O número de casos novos no resto do mundo já supera o de diagnósticos chineses, sinal de que medidas drásticas aplicadas na nação asiática parecem começar a surtir efeito. Outra boa notícia é que uma empresa dos EUA anunciou uma vacina. No entanto, ela só deverá estar disponível em 12 a 18 meses.

Neste momento, prevenir-se é dever de todos, poder público e população. O governo paulista montou um comitê de emergência, que será útil na coordenação de hospitais públicos e privados para agilizar os diagnósticos e isolamentos.

Já ao cidadão cabem atitudes simples, como lavar as mãos com frequência, cobrir nariz e boca ao tossir e espirrar e, quando aparecerem sintomas, só sair de casa para buscar atendimento médico.

Por fim, cada um deve policiar-se para não espalhar fake news, pesadelo que já ganha força nas redes sociais. Os sites oficiais, como o do Ministério da Saúde, são fontes mais confiáveis. 
Sobriedade e eficiência, e não alarmismo, são a resposta adequada para enfrentar essa doença.

Passageiros e funcionários usam máscaras de proteção no aeroporto de Guarulhos, na Grande SP, após primeiro caso do coronavírus no Brasil - Zanone Fraissat/Folhapress

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