Diz o site oficial da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, em seu destaque principal: "Alerta para a prevenção da covid-19: a doença causada pelo novo coronavírus deve ser evitada com atitudes de higiene, como lavar as mãos corretamente e frequentemente".
A gestão Bruno Covas (PSDB) está certíssima. Lavar as mãos é a providência mais eficaz contra o vírus, que já havia infectado 25 brasileiros até segunda-feira (9) --15 deles apenas na capital paulista.
Pois se a secretaria se mostra eficiente ao orientar os paulistanos, o mesmo não pode ser dito sobre a situação de alguns hospitais e UBSs (Unidades Básicas de Saúde) sob sua responsabilidade.
O Vigilante Agora visitou dez unidades de saúde na cidade. Apenas duas tinham condições adequadas para a limpeza correta das mãos. Em todas as outras faltam sabonete em banheiros, álcool em gel nos recipientes ou dispensers em número suficiente.
A UBS da Sé (centro) tem as falhas mais evidentes. A reportagem encontrou três recipientes de álcool vazios no térreo, um deles quebrado. Já no segundo andar não havia nenhum. Para piorar, o banheiro masculino estava sujo e não tinha sabonete nem papel toalha.
Questionada, a pasta diz que providenciou a reposição de álcool e sabonete nas unidades visitadas pelo Agora. Não explicou, porém, com que frequência faz vistorias nas unidades para checar a necessidade de reabastecimento.
Por causa do vaivém intenso de pacientes, postos de saúde e hospitais são, naturalmente, locais propícios para a disseminação da doença. Se a população deve se cercar de cuidados, o mínimo que se espera é que as autoridades também cumpram a sua parte.
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