Arte popular do nosso chão, é o povo que produz o show e assina a direção... Alô, povão, agora é fé! É dia de final! Decisão! A grande presença de público nas semifinais, a mobilização por ingressos para as duas finais, a cobrança e a alegria de corinthianos e são-paulinos pela classificação e a tristeza de santistas e palmeirenses pela eliminação para os rivais deixam bastante claro o enorme interesse dos torcedores pelo Campeonato Paulista!
Só não enxerga quem não quer ou, pior, é pedante e arrogante o suficiente para acreditar que a sua visão elitista e colonizada do que vale ou não é mais importante do que a visão da massa! Isso não significa, óbvio ululante, que o Paulistão não seja mal organizado, longo e que não precise, urgentemente, ser melhorado e enxugado.
Dito isso, o corinthiano, que tem o título de 1977 como o mais importante de sua centenária e vitoriosa história, está na expectativa de, 80 anos depois, repetir o que aconteceu em 1937, 1938 e 1939 e conquistar o tricampeonato paulista. O são-paulino, tricampeão da América e mundial, levou mais de 30 mil pessoas a um treino no Morumbi antes da semifinal contra o Palmeiras, prova provada e cristalina do amor da torcida pelo seu time e da importância que dá à rivalidade e ao certame regional, que o Tricolor não vence desde 2005 e está fazendo falta.
Em um país que consagrou a expressão “jogar para a torcida” como algo ruim, menor, que São Paulo e Corinthians (o mesmo vale para Vasco e Flamengo, Inter e Grêmio, Cruzeiro e Atlético...) façam uma grande partida hoje. E, claro, que não haja pedrada no ônibus da delegação corinthiana e que tenha jogo!
Vamos, São Paulo! Vai, Corinthians!
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!
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