Brasil está vazio na tarde de domingo, né? Olha o sambão, aqui é o país do futebol... Alô, povão, agora é fé! Depois de uma Copa-2014 em que o Brasil não fez nenhum dos sete jogos no Maracanã, corremos o risco, caso o Brasil não elimine amanhã a Argentina, de a história se repetir e a seleça disputar os seis jogos da Copa América sem pisar no ex-maior do mundo.
E o absurdo supracitado está muito longe de ser o maior problema. Passamos o ano inteiro, há três décadas, lamentando que só podemos ver os melhores do mundo pela TV. A Copa América, pois, era a chance de os torcedores sul-americanos, especialmente os brasileiros, verem Suárez, Cavani, James Rodríguez, Messi, Agüero… Além, claro, de toda a seleção, exceção a Cássio, Fagner e Cebolinha, que atuam no Velho Mundo...
Aí os gênios cobram preços proibitivos e obrigam os torcedores a verem pela TV! Uruguai x Peru (18.083 pagantes), por exemplo, lotaria a Fonte Nova se a ambição burra não impedisse os imbecis de oferecerem entradas a preços acessíveis. Ou melhor, o estádio baiano não lotaria se o evento fosse bem organizado porque nem sequer receberia jogo, que seria no Sul.
Da série “a América do Sul não é a Europa, estúpido”, o colonialismo cretino e míope não enxerga o óbvio, que , ao contrário do que ocorre na Eurocopa, as distâncias, a economia e o sistema de transporte (aéreo, ferroviário e rodoviário) não permitem que bolivianos, uruguaios, argentinos, peruanos, paraguaios, venezuelanos (além dos “vizinhos” do Japão e do Qatar) façam bate-volta apenas para assistirem aos jogos…
Seria muito mais inteligente, por exemplo, fixar os grupos por sede, e colocar o Uruguai para jogar toda a fase de grupos em Porto Alegre, por exemplo, e, como avançou em primeiro, poderia seguir até a semifinal em sua sede. A Argentina também deveria ter ficado no Sul do país, ou, na pior das hipóteses, em uma sede única, que facilitasse o deslocamento e permitisse o turismo… Resumindo, a Conmebol, a CBF tamanho continente, é um lixo!
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!
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