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Caneladas do Vitão: São Paulo tem de festejar a sua torcida

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São Paulo

Arte popular do nosso chão, é o povo quem conduz o show e assina a direção... Alô, povão, agora é fé! Muito se falou, com razão e objetividade jornalística, da discrepância de títulos do São Paulo, que desde 2008 não comemora nada digno de nota, e de Daniel Alves, o maior campeão do mundo. Outros, este insensível colunista incluso, lembraram do exagerado tempo de contrato e das cifras envolvidas.

A contratação de Tevez e as repatriações de Ronaldo, Ronaldinho, Romário, Roberto Carlos, Pato e, ficando no Tricolor, de Kaká, Raí e Luis Fabiano, foram outras transações volumosas e muito badaladas. Isso para não voltarmos em Cerezo, Gérson, Leônidas... Lúcio e Rivaldo, mais recentes, foram furos n’água.

Daniel Alves se ajoelha no escudo do São Paulo no estádio do Morumbi durante sua apresentação oficial para mais de 44 mil torcedores
Daniel Alves se ajoelha no escudo do São Paulo no estádio do Morumbi durante sua apresentação oficial para mais de 44 mil torcedores - Reprodução Instagram saopaulofc

Não acho que Daniel Alves, 36 anos, seja a maior contratação da história. Mas, sem dúvida, é o responsável pela festa mais bonita de apresentação de um jogador já feita no futebol nacional. E isso, sim, merece aplausos.

Não vale título! Mas festa de torcida e, principalmente, envolvimento, engajamento e amor de torcedores são muito mais importantes do que títulos. 

E o São Paulo, apesar de sua armagedônica administração que, registre-se e reitere-se, merece todos os elogios pela organização da festa de Daniel Alves, é gigante porque tem uma torcida gigantesca. Futebol é e sempre será paixão. O resto é comércio de exus-títulos ou de marias-transações.

Se a torcida aumentou impulsionada pelo bi mundial da era Telê, ela tem se mostrado ainda maior agora, em meio a um jejum de títulos, seca que é ainda mais incômoda pelo fato de os maiores rivais terem se revezado no alto do pódio.

Se o multicampeão Daniel Alves vai mudar o rumo da prosa, o tempo dirá. O que ele já disse, na apresentação, é que o São Paulo, mesmo na draga, segue sendo o motivo de amor de milhões de pessoas. Inclusive do Daniel Alves. Não é pouca coisa!

Franz Kafka: “Quando tudo parece terminado, surgem novas forças. Isto significa que você está vivo”.

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!

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