Devagar, devagar, devagarinho… Alô, povão, agora é fé! São Paulo 0 x 0 Grêmio foi uma ducha de água fria no embalo tricolor e na empolgação da torcida. Depois de cinco vitórias consecutivas, a derrota em São Januário e, agora, o tropeço, em casa, deixaram bastante claro que só as chegadas de Juanfran (substituído por Igor Julião no segundo tempo) e Daniel Alves (o lateral teve uma atuação apagadíssima como meia direita) não são suficientes para acabar o jejum são-paulino.
Com a equipe com as pernas poupadas para a semifinal da Copa do Brasil e com a cabeça na semifinal da Libertadores, os reservas gremistas reforçados por Everton Cebolinha, sob um calor de 30 ºC na moleira, entraram devagar com a louça e só não levaram um direto de direita logo de cara porque Antony é canhoto. Mas o ímpeto selvagem acabou por aí.
Aos poucos, o desfalcado São Paulo foi diminuindo o ritmo, naquela tiriça pré-almoço de quem não vê a hora de mandar aquela feijuca com caipora… E o Grêmio, com Juninho Capixaba, aquele mesmo, teve o seu gol impedido pelas pontas dos dedos de Tiago Volpi.
O Tricolor ainda arriscou de fora da área, com Tchê Tchê colocando Júlio César para posar para os fotógrafos, mas ficou por aí. O São Paulo sentiu a ausência de um centroavante (Vitor Bueno, improvisado, não rendeu), e o Grêmio esbanjou uma fome de vitória de um vegano em rodízio de carnes.
No segundo tempo, o Grêmio voltou melhor, mas nada que justificasse tirar o zero do placar. No final, já sem Antony, que recebeu o segundo amarelo por parar o contra-ataque puxado por Capixaba, o São Paulo não teve forças sequer para pressionar, e o Grêmio também não fez por merecer a vitória.
As vaias da galera tricolor sinalizam que a torcida, cansada da fila, entendeu que, com esse futebolzinho, não vai brigar!
Nelson Rodrigues: “As vaias são os aplausos dos desanimados”.
Parabéns pelos 109 anos, Corinthians! Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!
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