O supra-sumo do futebol europeu vai ser visto a partir desta terça-feira (17), quando começa a fase de grupos da Liga dos Campeões. Neste torneio, desculpem os amantes da bola que rola aqui, o espetáculo é imensamente superior e dá gosto sentar em frente à TV para apreciar até um Inter de Milão e Slavia Praga ou Lyon e Zenit, as duas primeiras partidas do dia.
Porém, há um detalhe que tem se tornado um martírio para os espectadores tradicionais como eu. A guerra comercial pelos direitos de transmissão deu ao vencedor o direito de acabar com aquele lazer de sentar no sofá e acompanhar sossegado esses jogões. Agora quem manda são as empresas que exibem os jogos pela internet ou aplicativos de celular.
É outro mundo, que chegou e nos impõe goela abaixo essa nova maneira de assistir ao futebol. É horrível. Não aceito ver uma partida pela tela do computador ou do celular, em tempos de TVs inteligentes, com imagens e sons de cinema e tamanho de 60 polegadas.
Um amigo que entende de informática me aconselhou a comprar um cabo e conectar o computador à TV. Eu lá quero ter mais um cabo em casa? Fora que o computador tem um atraso em relação à transmissão via cabo, o que parece uma eternidade quando comparado à antena externa.
Outro ponto que enlouquece nas transmissões pela internet é a tal da interatividade. Uma tela onde os espectadores transformam em uma balbúrdia com assuntos que, muitas vezes, não tem nada a ver com a partida que está na tela. É como grupo de WhatsApp da família. Fala-se tudo, menos o que interessa.
Só que neste ano, o Facebook está exercendo ainda mais o seu direito de exclusividade. Nesta quarta-feira (18), quem quiser ver o jogo mais esperado desta rodada vai ter que se render à plataforma. Sim, caro leitor, a provável volta de Neymar à Liga dos Campeões, no duelo com o Real Madrid, só pela internet. Tudo bem, é a regra do mercado. Eu lamento profundamente. Isso é um tremendo retrocesso.
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