Cada um no seu cada um e deixa o cada um dos outros... Alô, povão, agora é fé! Se a pessoa pensa em trabalhar no Brasil (e tem a pretensão de ser protegida e defendida pela mídia e por outros trabalhadores), a melhor opção é tentar a sorte na carreira de treinador de futebol!
Paulatinamente, a terceirização e os projetos que esquartejam a CLT vão deixando muito pior e mais instável a vida do trabalhador comum que ainda não perdeu o emprego... E, se não tem quem o defenda (muitas vezes, à síndrome de Estocolmo, o próprio trabalhador aplaude medidas patronais que só privilegiam o topo da pirâmide), não falta gente que grite pela estabilidade dos treinadores. E olha que técnico (de elite) é uma categoria privilegiadíssima, que ganha muito empregada, ganha muito na demissão, quando recebe as multas rescisórias, e ganha mais ainda no próximo contrato, mesmo que venha de trabalhos decepcionantes. É só lembrar de Mano, que "caiu para cima" ao deixar o Cruzeiro e assumir o Palmeiras...
Quando um clube manda um técnico embora, mesmo quando ele faz um péssimo trabalho, fronhas pós-modernos têm chilique e urram pela necessidade de manter o profissional. Os mais fanáticos chegam ao absurdo inconstitucional de defenderem a proibição de que treinadores troquem de emprego ou que recebam o bilhete azul durante um campeonato...
Tiago Nunes não quis renovar com o Athletico-PR para assumir o Corinthians em 2020, Jorge Sampaoli tem contrato com o Santos até o final do ano que vem e não se constrange com o interesse palmeirense. E os dois, desde que cumpridas as cláusulas, estão certinhos. Errados e cínicos são os que tratam treinador como algo à parte do resto da sociedade. Que eles não reclamem depois... Vale para Argel, Adilson, Rogério Ceni, Abel, Mano, Luxa... Vale para todos!
Charles Bukowski: "Quanto mais o tempo passa, menos eu significo pras pessoas e menos elas significam pra mim".
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!
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