Quem dera ser um peixe... Alô, povão, agora é fé! Com ótimas atuações do uruguaio Sánchez e do venuzuelano Soteldo, o Santos do treinador argentino Jorge Sampaoli (que pode ter feito a sua despedida, apesar dos gritos de "fica") atropelou o campeão Flamengo por 4 a 0, fora o baile, resultado que garantiu o vice-campeonato ao Peixe. Marinho, Sánchez (2) e Sasha marcaram no massacre.

O Flamengo, por tudo o que fez no ano e no próprio Brasileiro, está perdoado, e a vergonha será digerida sem consequências. Elogiemos, pois, o vice-campeão: o Santos, que não tem o segundo orçamento, fechou o primeiro turno vendendo caro ao Flamengo a derrota que significou o "título" do turno ao rubro-negro e se despediu do Brasileiro carimbando a faixa do campeão de forma categórica.

O Palmeiras, que investiu uma insanidade para ganhar todos os títulos do ano, venceu e rebaixou o Cruzeiro, 2 a 0, em jogo marcado por violência previsível e lamentável, mas acabou atrás do Peixe... Não foi só o Verdão. No Brasileiro, o Peixe deixou todo o Trio de Ferro e a dupla Gre-Nal comendo poeira... E, apesar da goleada, o torcedor sabe que não dava para encarar o Flamengo por 38 rodadas e, por isso, o vice foi grande resultado...

Agora, se Jorge Sampaoli está de parabéns pelo vice-campeonato, imagine então se o argentino não tivesse barrado o ídolo Vanderlei, que é melhor que Ederson, e gastado o dinheiro que foi usado para trazer o goleiro em uma posição mais carente... Muito pior, claro, foi a fortuna gasta com Cueva, contratação pedida pelo treinador argentino, que também avalizou a chegada de Uribe...

Se eu tenho tudo isso para falar de erros do Santos de Sampaoli e do presidente José Carlos Peres, não cabe em 818 papéis-almaço o número de bobagens cometidas pelo Palmeiras de Felipão-Mano/Galiotte, pelo São Paulo de Cuca-Fernando Diniz/Leco, pelo Corinthians de Carille-Coelho/Andrés Sanchez...

Parabéns, vice Santos! Parabéns, Flamengo, campeão, há 818 séculos, com todos os méritos"... E sem nenhuma emoção!

Volta, mata-mata!

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!

DESTAQUES DO BRASILEIRÃO

Passeio rubro-negro

Diego Alves, enfim, foi o goleiro que se esperava quando o Flamengo o repatriou; Rafinha e Felipe Luís tomaram conta das laterais e tiraram onda de armadores; Rodrigo “Ex-Zagueiro de Condomínio” Caio e Pablo Marí deram solidez defensiva à equipe; Willian Arão subiu de produção ao ser recuado no meio-campo; Gerson marcou, armou e concluiu; Arrascaeta, Gabigol e Bruno Henrique debulharam. Jorge Jesus, que tirou o melhor individualmente de todos em prol do coletivo sem a fronhice de poupar, deu aula de como comandar. O Brasileirão se resume ao Flamengo e ao resto… Desta vez, o resto não deu nem para o cheiro!!!