Eram 18h46, no horário de Brasília, no último domingo (19), quando a conta oficial do San Francisco 49ers no Twitter, um dos times mais populares do futebol americano, aquele da bola oval laranja, postou um vídeo com alguns jogadores na chegada ao estádio para decidir uma vaga à final.
Para o leitor que sabe pouco dos esportes norte-americanos, o duelo em questão valeu a classificação para o Super Bowl, um dos eventos esportivos mais vistos no planeta, que movimenta bilhões de dólares. É uma tremenda covardia fazer uma comparação, por exemplo, com a decisão da Taça Libertadores, que estreou, na última edição, final em um jogo único.
O Super Bowl vai para a 54ª edição em cem anos da National Football League (NFL), a liga profissional de futebol americano. Para ensinar a Conmebol, os torcedores sabem desde o dia 24 de maio de 2016 que a cidade de Miami, na Flórida, é a sede desse jogo. Neste ano, no dia 2 de fevereiro, o confronto vai envolver San Francisco 49ers contra o Kansas City Chiefs.
Então vamos voltar à cena dos jogadores do 49ers no estacionamento do seu estádio, já quase tomado com a capacidade máxima de 68 mil espectadores. O que me chamou a atenção foi o clima descontraído. É um evento esportivo, mas com cara de show. A produção das mídias sociais do clube soube explorar isso muito bem.
Enquanto no futebol da bola redonda estamos acostumados a ver os jogadores partindo para uma decisão sempre da mesma forma, todos no mesmo ônibus, em clima de concentração total, quase inatingíveis e devidamente uniformizados, em São Francisco foi o cada um para si.
Pareciam modelos exibindo carrões potentes, marcas de roupas caríssimas, enfim, um atraente esquenta antes de a bola oval ser lançada pela primeira vez. O torcedor se diverte com o estilo de cada um dos atletas. Isso em nada os deixam desconcentrados. Esses brutamontes sabem separar o entretenimento com a obrigação de vencer.
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