Há mais de cem anos, no longínquo 1919, o Paulistano conquistou pela quarta vez consecutiva (1916, 1917, 1918 e 1919) o título estadual do Campeonato Paulista, pela antiga Apea (Associação Paulista de Esportes Atléticos), marca nunca mais repetida.
Neste ano, o Corinthians vai ter a oportunidade de escrever mais um capítulo histórico caso conquiste o troféu, faturando um tetracampeonato alvinegro pela primeira vez e igualando o recorde do time desativado em 1929.
Seria ainda o 31º troféu do Paulistão na estante da equipe do Parque São Jorge, disparando na ponta entre os maiores vencedores da elite estadual. Com 22 canecos cada um, Santos e Palmeiras dividem a vice-liderança na lista.
Desta vez, o Timão não terá no banco o técnico Fábio Carille, que liderou o clube nas últimas três vitoriosas temporadas. A missão será de Tiago Nunes.
O novo treinador chega para buscar o seu quarto título em uma elite estadual. Em 2009, ele venceu, ainda como auxiliar técnico de Tarcísio Pugliese, o Mato-Grossense pela Luverdense. No ano seguinte, faturou o Acreano, pelo Rio Branco, e, em 2018, foi campeão paranaense dirigindo os aspirantes do Athletico-PR.
Entre os grandes do estado, o Corinthians foi o clube que mais se movimentou no mercado e se reforçou com peças importantes.
O Rei da América de 2017, ainda no Grêmio, o meia-atacante Luan chegou mostrando seu cartão de visitas com gols na Florida Cup.
O volante colombiano Víctor Cantillo, o lateral esquerdo Sidcley e o jovem atacante Matheus Davó também reforçam o Alvinegro na briga pelo tetra.
Voltando de empréstimo a pedido do novo comandante, o zagueiro Pedro Henrique e o meia Camacho, que atuaram no Athletico na temporada passada, podem figurar entre os titulares já no início do ano.
Na contramão, o Timão perdeu Manoel, Sornoza e Júnior Urso e até ídolos como Jadson e Ralf.
Pedrinho volta após disputar o Pré-Olímpico.
Guarani
Após ano para esquecer, Bugre busca vida nova
O torcedor bugrino não teve o que comemorar em 2019. Afinal, o Guarani sofreu um apagão na reta final do Paulista, com derrota no Dérbi campineiro, que impediu a classificação às quartas e flertou com o rebaixamento a maior parte da Série B do Brasileiro.
Agora, se a expectativa não é levantar taças, ao menos o Alviverde espera menos sofrimento.
“A ideia é ter um ano mais seguro. O primeiro objetivo é fazer um Paulistão seguro para planejar melhor o ano, correndo menos riscos. Sem contratar muito, como ano passado”, explicou o jovem técnico Thiago Carpini, 35 anos, que livrou o time da degola no Nacional.
“Os erros de 2019 nos fortaleceram”, completou.
Ferroviária
Locomotiva muda comando à véspera da competição
A Ferroviária iniciou seu planejamento para a temporada há um ano. A chegada de novos investidores em dezembro de 2019, porém, parece ter virado o clube de cabeça para baixo.
Em menos de dois meses, o técnico Vinicius Munhoz deixou o clube, assim como o diretor de futebol Roque Júnior, para dar lugar a Marcelo Vilar, campeão da Copa Paulista pelo São Caetano.
Na última sexta (17), o clube anunciou o desligamento de Vilar, que levou reforços do Azulão, e a chegada de Sérgio Soares, ex-ABC.
“Podemos fazer um bom campeonato. Temos Paulistão, Copa do Brasil e Série D do Brasileiro, que é o principal objetivo do clube, conseguindo o acesso para a Série C”, disse Soares.
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