Corinthians ressurge, ganha de novo e vai brigar pelo tetra

Dado como morto há duas semanas, alvinegro vence quatro seguidas e vai à final do Paulista

São Paulo

Na retomada do Campeonato Paulista, o Corinthians precisava de uma combinação altamente improvável de resultados para simplesmente sobreviver à primeira fase. Menos de duas semanas depois, o time está classificado à final e vivo na briga pelo seu primeiro tetra consecutivo.

A vaga na decisão foi obtida com uma difícil vitória por 1 a 0 sobre o Mirassol, no domingo (2), no estádio de Itaquera. O placar só foi construído após a contestada expulsão do adversário Juninho, no segundo tempo, em mais um chute de fora da área de Éderson.

O volante já havia marcado nas duas partidas anteriores, em finalizações semelhantes. Em um jogo no qual estava difícil entrar na área do Mirassol, a solução foi encontrada a distância.

Éderson é abraçado depois de marcar pelo terceiro jogo seguido - Adriano Vizoni/Folhapress

Assim, depois de derrotar Palmeiras, Oeste, Red Bull Bragantino e Mirassol —além de contar com tropeços do Guarani e com a ajuda do rival São Paulo—, o Corinthians está novamente na final do Estadual.

Em sua luta para chegar a ela, o time de Tiago Nunes encontrou um adversário bem fechado, que optou por congestionar a faixa central do campo. A alternativa escolhida no primeiro tempo, com variados grau de sucesso, foi buscar as laterais do gramado.

Os donos da casa vazia executavam viradas de jogo pelo alto, na tentativa de encontrar a defesa desequilibrada, ou procuravam a linha de fundo em tabelinhas. Estava difícil, porém, acionar o centroavante Jô.

O Mirassol não chegava a ameaçar no contra-ataque, mas foi do time do interior a primeira chance do jogo. Juninho bateu uma falta no ângulo direito de Cássio, que fez ótima defesa.

Já a equipe alvinegra, se não chegava tanto quanto gostaria, tinha seus momentos. Em jogada pela esquerda de Carlos, Mateus Vital acertou a trave. Pela direita, trabalhando bem com Ramiro, Éderson fez um passe rasteiro que cruzou toda a pequena área.

O panorama se manteve após o intervalo. Um chute travado de Luan tinha sido o único lance de maior perigo até que Carlos sofreu uma entrada dura de Juninho, que machucou seu tornozelo esquerdo e forçou sua substituição.

O juiz Vinicius Gonçalves Dias Araújo não viu inicialmente gravidade no lance. Em seguida, alertado sobre o pisão pelo árbitro de vídeo Raphael Claus, checou a jogada no monitor e decidiu pelo cartão vermelho.

Com a expulsão, a tática defensiva do Mirassol se tornou ultradefensiva. Entraram Sidcley e Janderson, em tentativas de ganhar alternativas pelos lados.

Estava difícil. Até que Éderson achou o espaço que buscava para seu chute de fora da área. Ele já tinha sido travado algumas vezes. Mas, aos 27min, com alguma colaboração do goleiro Kewin, balançou a rede.

Ele não pôde fazer a festa com a Fiel, em mais um jogo sem presença de público por causa da pandemia. Mas, de casa ou do carro, como fizeram aqueles que foram ao drive-in do Pacaembu, os torcedores comemoraram a quarta classificação consecutiva do Corinthians à final.

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