O violento cântico "ou joga por amor, ou jogar por terror", presente com frequência em protestos organizados, não faz mais sentido no futebol.
Não se trata mais de opção. O amor morreu. O esporte perdeu para o negócio de goleada! Acabou! Não há mais espaço para o amadorismo raiz na arquibancada. Profissionalismo é sinônimo da vitória da economia do politicamente correto! É a ditadura do dinheiro!
Há 80 anos o Pelé é xingado de macaco. Isso sempre fez parte do futebol. E o crioulo nunca reclamou nem se vitimizou porque seus antepassados foram escravos e tal... Venceu por meritocracia! Mas hoje se alguma torcida xinga um jogador de macaco, algo que sempre fez parte do esporte, o clube sofre pressão dos patrocinadores, é ameaçado de ser punido... Qualquer Aranha da vida hoje acha que é Pelé. O dinheiro venceu!
Um bando de maria-chuteiras sempre ficou ciscando atrás de jogador de futebol. Até hoje é assim. Elas provocam, usam roupas apertadas, sorriem, conversam, bebem e depois, se o coitado do jogador, no papel de homem, vai lá e, num momento de fraqueza humana, violenta uma garota dessas, ainda é considerado culpado pelas feministas e a turma do mimimi.
É a vitória da hipocrisia. Se o clube tiver coragem de ficar do lado do ídolo ainda sofre represálias e perde a grana dos patrocinadores... O dinheiro venceu!
A imprensa sensacionalista não esconde o clubismo e aproveita qualquer chance para prejudicar os adversários dos seus times preferidos. Aí, qualquer condenaçãozinha por estupro grupal vira motivo para fazer chantagem contra clubes que não aceitam contratos televisivos. É a ditadura do dinheiro!
Estão matando o futebol e ninguém faz nada! Os jogadores perdem jogos, o time não é campeão e o cara, que deveria dar graças a Deus de ser jogador de futebol, ainda processa o clube e ganha! E aí o time, que já está em crise, ainda tem que pagar esses caras, senão ainda é punido pela Fifa, perde pontos, não consegue contratar. Como querem que os clubes sobrevivam com essa coisa de direitos, respeito a contratos, regras? É a ditadura do dinheiro!
Mais do que ironia, o texto contém tristeza por constatar que, em 2020, muitos "pensam" exatamente assim. Alguns até mugem em alto e bom som!
José Saramago: "De que adianta falar de motivos? Às vezes basta um só, às vezes nem juntando todos".
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