Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua, suas noites são de gala, nosso samba ainda é na rua... Alô, povão, agora é fé! Já que o rescaldo das eleições municipais mexe mais com o respeitável público do que a seleção da CBF, ignoremos as eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo e falemos da goleada de bom senso, justiça e memória que o eleitor deu no torcedor.
Os eleitores do corinthiano Guilherme Boulos, dos santistas Bruno Covas e Márcio França, do são-paulino Celso Russomanno e dos demais candidatos ignoraram o time de coração na hora de decidir o voto, o que é bastante elogiável!
O ex-socialista Marcelinho Carioca, que recebeu a sua menor votação (7.574) neste ano ao virar casaca e assumir-se bolsonarista na sua tentativa de se eleger vereador em São Paulo, viu que, na política, não cola o patético, falso e oportunista discurso de segunda pele!
É bem mais fácil enganar torcedor do que eleitor! Marcelinho entregou camisa do Timão a Bolsonaro, fez vídeos com o presidente negacionista... E, além de não se eleger, viu a parcela da Fiel identificada com a Democracia Corinthiana e com os valores de Sócrates comemorarem o seu vexame retumbante! O ex-jogador Dinei (2.960) e o cartola André Negão (5.387) também não conseguiram atrair os votos da maior torcida da cidade!
A não mistura de futebol e política uniu os maiores rivais paulistanos: o histórico ídolo palmeirense Ademir da Guia recebeu apenas 744 votos!
A ex-saltadora Maurren Maggi (6.228) e o ginasta Diego Hypollito (3.786) também viram que defender o Brasil em Olimpíadas não transforma ninguém, automaticamente, em representante do povo.
Ao contrário da inexistente política esportiva do governo Bolsonaro, eleição é coisa séria! Se o torcedor é clubista e passa-panista, o eleitor, de todos os times, tem memória! Evoluímos!
Eduardo Galeano: "A primeira condição para modificar a realidade consiste em conhecê-la".
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca! E no agora.com.br!
Brasil
Muita gente não ficou nem sequer sabendo (e não perdeu nada), mas a seleção brasileira ganhou da fraquíssima Venezuela, sexta, por 1 a 0, gol de Firmino, no Morumbi, em atuação fraca. O resultado deu a liderança isolada das eliminatórias ao Brasil, mas o "futebol" foi tão empolgante quanto as entrevistas coletivas de Tite.
Eliminatórias
Hoje, no Uruguai, o Brasil deve perder o aproveitamento de 100%, mas pode beliscar um ponto que lhe mantenha na ponta. Venezuela e Bolívia são café com leite, e o Peru corre por fora para ir à Copa. Palpites: Uruguai 1 x 1 Brasil, Peru 0 x 1 Argentina, Venezuela 0 x 2 Chile, Paraguai 2 x 0 Bolívia e Equador 1 x 0 Colômbia.
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