A festa de Rogério Ceni no Morumbi, jogado para o alto pelos atletas do Flamengo campeão brasileiro, foi só a cereja no bolo. O 2020 do São Paulo foi uma terrível e estendida temporada em que os torcedores se habituaram a ser maltratados por seus ídolos.
Velhos ídolos, eternos ídolos, candidatos a novos ídolos. Não teve quem não tenha decepcionado uma massa de apaixonados que já não aguenta mais passar por seguidas humilhações.
Vexames abundaram. Houve a eliminação no Campeonato Paulista pelo catadão do Mirassol, a queda inédita na fase de grupos da Copa Libertadores, o adeus logo no primeiro confronto da Copa Sul-Americana, as goleadas sofridas no Campeonato Brasileiro. E, pior, o desperdício de uma vantagem enorme na liderança do Nacional.
É verdade que essa lista de fracassos tenha muito a ver com o trabalho ruim de Fernando Diniz. Mas carrega também a assinatura de nomes marcados na história da agremiação tricolor.
Faltou a Raí, habilidoso com a bola no pé, destreza para conduzir um departamento de futebol com claros problemas de comando. Um apático Lugano, que distribuía patadas em campo, evitou comprar brigas nesse mesmo departamento.
Muricy Ramalho chegou quando o time já descia a ladeira, porém, tímido, demorou a agir e segurou Diniz muito além do tempo. Tivesse ele sido enérgico como era nos tempos de treinador, o São Paulo poderia estar agora comemorando o título brasileiro.
Entre os atletas, o amado Hernanes não mostrou condições de ajudar no gramado. Daniel Alves, tratado precocemente como ídolo, não mostrou nem vontade de ficar no gramado.
O que dizer de Ceni, que desprezou a equipe, insinuou que ela era beneficiada pela CBF e, após 25 anos afagado pelos tricolores, afirmou que a torcida do Flamengo é “diferente”?
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.