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Caneladas do Vitão: Gigantes escancaram pequenez sul-americana no planeta bola

Os times da América só cuidam (e muito mal) dos seus respectivos umbigos

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São Paulo

Aqui na terra tão jogando futebol, tem muito samba, muito choro e rock'n'roll... Alô, povão, agora é fé! O pega de hoje Flamengo x Barcelona (como o Palmeiras x Atlético-MG de ontem) não empolga nem mobiliza torcedores argentinos, uruguaios, colombianos...

A verdade é que, para além das massas diretamente envolvidas e dos secadores rivais imediatos, nem gremistas, colorados ou torcedores de times de outros estados se importam.

Gabigol comemora um gol pelo Flamengo; apesar do sucesso do Rubro-Negro na América do Sul, o seu futebol não atrai o público europeu
Gabigol comemora um gol pelo Flamengo; apesar do sucesso do Rubro-Negro na América do Sul, o seu futebol não atrai o público europeu - Alexandre Vidal - 13.dez.20/CRF/Divulgação

Essa constatação não é culpa do Flamengo, do Galo, do Palmeiras nem do Barcelona-EQU, mas da incapacidade de o futebol brasileiro e sul-americano ultrapassar fronteiras.

Mesmo se tratando das semifinais da Libertadores, o contraste com a primeira rodada da fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa, que aconteceu na semana passada, é gritante. Em toda a América (Guayaquil, Rio, São Paulo e BH inclusos), quem gosta de futebol parou para ver o empate do PSG, o passeio do Bayern em Barcelona, a vitória do Real Madrid na visita à Inter, a virada do Liverpool sobre o Milan, a chuva de gols no massacre do City sobre o Leipzig, a derrota de virada do United de Cristiano Ronaldo para o Young Boys.

E ninguém na Europa, ou na Ásia, ou na África se importa com o nosso futebol.

Os times da América não conseguem minimizar esse problema porque todos eles só cuidam (e muito mal) dos seus respectivos umbigos e não se preocupam com a melhora do produto e dos campeonatos como um todo. Se é impossível ter Messi, Mbappé e Haaland por aqui, é óbvio que calendário, apito e gramado decentes são acessíveis, mas não respeitamos data Fifa, os campos são péssimos e as arbitragens (lixo do VAR incluso) são escandalosas.

Nesse cenário, gigantes como Flamengo, Atlético e Palmeiras continuarão repercutindo (e ganhando) menos que o Zenit.

Eduardo Galeano: "Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos".

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar! E zelar, claro, vem de ZL! É tudo nosso! É nóis na banca! No agora.com.br! E no youtube.com/blogdovitao!

Brasileirão de VARtebol
Livre da marra, da prepotência e da péssima influência de Daniel Tantã Alves (o que não significa, óbvio, que está livre da milionária dívida), o São Paulo vai passar longe do rebaixamento. Se vai voltar à Libertadores em 2022, é outra história. Tempo, elenco e rivais horrorosos há... Palpite: São Paulo 2 x 1 América-MG.

Libertadores de VARtebol
Vocês lembram o que o apito presidido por Seneme (o Gaciba padrão sul-americano) fez com o Boca contra o Galo, com o Cerro contra o Flu e com a Católica contra o Palmeiras? Desde que a CBF salvou a Conmebol e organizou a Copa América que aposto em uma final brasileira! Palpite: Flamengo 2 x 0 Barcelona.

Vitor Guedes
Vitor Guedes

44 anos, é ZL, jornalista formado e pós-graduado pela Universidade Metodista de São Paulo, comentarista esportivo, equilibrado e pai do Basílio.

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