Num ensaio de aproximação entre o governo de Jair Bolsonaro (PSL) e o movimento sindical, o ministro da Economia, Paulo Guedes, receberá no próximo dia 23 de maio o presidente da UGT, Ricardo Patah, para discutir a pauta da central para a reforma da Previdência.
A reunião tem o aval de Bolsonaro, que recebeu Patah para uma rápida conversa na última segunda-feira, no que foi o primeiro encontro desde o início do mandato do presidente com uma liderança sindical.
Por enquanto, Guedes aceitou dialogar exclusivamente com a UGT. Mas, segundo Patah, há possibilidade de que outras lideranças participem do encontro. “Estou tentando construir essa ponte, com os dois lados", disse.
Diferente das demais centrais, a UGT deverá se posicionar contra a greve geral anunciada neste 1 de maio e que esta prevista para 14 de junho. A central é decisiva para o sucesso de uma paralisação porque reúne sindicatos de motoristas de ônibus, motoboys e taxistas.
A UGT também não se posiciona contra a reforma da Previdência, mas tem propostas mais amenas em relação às do governo.
A idade mínima de aposentadoria proposta pela central é de 57 anos, para a mulher, e de 62 anos, para o homem. O governo propõe 62 e 65.
Ao se aproximar de Bolsonaro, Patah também afirma estar tentando evitar a destruição do movimento sindical. “Precisamos buscar o diálogo porque, temos que ter humildade e reconhecer que estamos em uma situação de vulnerabilidade”, disse.
A organização de uma festa única em São Paulo, sem sorteios de veículos e com uma programação de shows reduzida, é apontada com um dos reflexos de medidas que, nos últimos anos, limitaram a arrecadação dos sindicatos.
Destacam-se entre essas medidas, a reforma trabalhista, da gestão Michel Temer (MDB), e a proibição de Jair Bolsonaro aos descontos da contribuição sindical em folha.
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