A espera do porteiro José Tadeu Berenguel, 55 anos, para o pedido de auxílio-acidente apresentado ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) já passa de dez anos.
Ele relata ter iniciado uma série de afastamentos do trabalho devido a um quadro de tendinite --na época, era analista de seguros -- que se agravou a partir de 2005.
"Recebi o auxílio-doença até setembro de 2005 e deveria ter começado a receber o auxílio-acidente na sequência. Tenho o laudo do médico do trabalho dizendo que eu tinha que mudar de função por conta da doença", explica.
O auxílio-acidente é um benefício indenizatório pago para segurados que ficaram com a capacidade para o trabalho reduzida após uma doença do trabalho ou um acidente. Essa concessão não impede o segurado de voltar a trabalhar. O valor corresponde à metade da média salarial na época da concessão.
Segundo Berenguel, o perito que o examinou definiu o nexo causal de sua doença --termo que quer dizer que há conexão com o trabalho.
Atualmente, o segurado atua como porteiro, pois não pode exercer função administrativa, que exija movimentos repetitivos das mãos e dos braços. Neste ano, sem resposta ao pedido, Berenguel relata ter reclamado à Ouvidoria do INSS, mas também não conseguiu uma explicação para a demora na concessão.
Pedido está na área técnica
O INSS em São Paulo informou que o pedido do segurado José Tadeu Berenguel foi encaminhado à área técnica do instituto e ainda está em análise. "O senhor José será informado do resultado quando o processo for finalizado", afirmou o instituto, em nota.
Segundo o INSS, o segurado consegue acompanhar o andamento de seu pedido por meio do portal Meu INSS, na internet, no endereço gov.br/meu.inss. É necessário cadastrar uma senha.
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