Black Friday cria ambientes para armadilhas; veja as mais comuns

Períodos em que a população está mais suscetível a promoções mirabolantes costumam ter número maior de fraudes

São Paulo

Objetos de desejo dos consumidores ofertados por valores muito abaixo dos preços praticados pelo mercado. Se a promoção é boa demais para ser verdade, há a chance de que ela seja uma armadilha.

Períodos em que a população está mais suscetível a acreditar em vantagens incomuns, como na Black Friday, criam ambientes perfeitos para práticas de golpes financeiros por meio de técnicas de engenharia social.

“É muito improvável que alguém esteja vendendo um iPhone de última geração por R$ 1.000, mesmo assim o consumidor fica tentado pela possibilidade de ter uma grande vantagem e acaba clicando em um link que o direciona para um falso site de compras, onde fornece sua senha e dados pessoais”, diz Walter Faria, da Febraban.

Buscar sites conhecidos para realizar as compras e digitar o endereço diretamente no navegador, em vez de clicar em links recebidos por email ou outro tipo de meio de comunicação, é a forma mais segura de escapar desse tipo de armadilha. 

Pessoas pouco familiarizadas com compras online tendem a ser enganadas com mais facilidade. Idosos, por exemplo, estão entre os alvos preferenciais. “Cabe a quem está inserido no mundo digital orientar parentes e amigos que têm mais dificuldade”, comenta Faria.

Consumidores também precisam ficar atentos à URL da página (endereço que aparece no navegador), uma vez que, se um falso site de comércio simular ser uma loja online verdadeira, o domínio será diferente do oficial, orienta Ralf Germer, diretor da PagBrasil.

“Também é preciso tomar cuidado com os anúncios nas redes sociais: as promoções verdadeiras são sempre publicadas nas páginas e perfis oficiais das lojas”, diz.

Dicas de segurança | Para não ficar no prejuízo

>>> Evite comprar por impulso
A facilidade pode levar o consumidor a comprar sem antes fazer uma análise do que está adquirindo

>>> Pesquise preços
Várias lojas podem ter o mesmo produto com preços diferentes

>>> Desconfie de grandes promoções, brindes e preços excessivamente baixos

>>> Verifique se o site é seguro
Há um selo de segurança na barra de endereço. Além disso, os sites confiáveis devem começar com https://

>>> Evite clicar em links desconhecidos
Especialmente se foram recebidos por email, mensagens de celular ou redes sociais. Prefira entrar direto na página da loja para efetuar uma compra

>>> Confira a reputação da loja na internet 
Sites como o Reclame Aqui têm comentários feitos por outros usuários. O Procon também tem uma lista de sites que devem ser evitados (https://tinyurl.com/ol6goxf)

>>> Veja se outras pessoas tiveram problemas
Especialmente no que se refere a pagamentos, devoluções ou entregas

>>> Fique atento a detalhes importantes
Observe com atenção o prazo de entrega do produto e se a loja oferece opções de troca e devolução

>>> Código de rastreio
Monitore o caminho do produto pelo código de rastreio da entrega

>>> Método de pagamento 
Prefira pagamento por meio da loja, não diretamente ao vendedor. Se houver algum problema, há a quem recorrer

>>> Formas de contato
Procure no site um número de atendimento da loja para saber com quem falar em casos de problema

>>> Tire prints (fotos da tela) dos passos da compra
E especialmente do número do pedido, para o caso de haver problemas

>>> Guarde comprovantes
Salve tudo o que receber no email, como confirmação da compra e nota fiscal

>>> Antivírus atualizado
Mantenha a proteção do computador ou do celular atualizada

>>> Se tiver dúvidas, peça ajuda
Tanto no serviço de atendimento da própria loja quanto para algum amigo ou familiar

Fontes: Alessandra Kormann, colunista da Revista da Hora, Almir Neves, conselheiro da startup e-commerce Ideris, Carolina Belizário, educadora de artes e tecnologia do Sesc-SP, Marcele Soares, coordenadora de atendimento do Procon, Nathalia Morelli, gerontóloga e fundadora da Smart Sênior, Ricardo Ramos, especialista em e-commerce e CEO da Precifica

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