Iniciada em 2010 no Brasil, a Black Friday —maior liquidação do varejo no país— está programada para acontecer em 29 de novembro, daqui a um mês, e o comércio já está ansioso.
De acordo com pesquisa da consultoria Ebit/Nielsen, o faturamento das vendas pela internet para o período será 18% maior neste ano do que em 2018.
Além disso, um levantamento da CNDL (confederação de lojistas) e do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) apontou que 43% das lojas que vão participar da data estimam que terão vendas melhores do que as do ano passado.
Os descontos oferecidos, por outro lado, não serão tão vantajosos. A sondagem mostra que, na média, os preços estarão 24% menores na Black Friday, índice que em 2018 era de 29%.
Para a economista do SPC Brasil Marcela Kawauti, o dado é positivo.
“Com a leve retomada da economia, lojistas estão otimistas e não estão prevendo a necessidade de descontos muito altos para atrair o consumidor”, diz.
Segundo a consultora financeira Annalisa Dal Zotto, o momento ideal para começar a pesquisar é agora.
“Muitas empresas fazem promoções falsas, ‘pela metade do dobro’, aumentando os preços algumas semanas antes da Black Friday e diminuindo novamente ao chegar perto da data”, diz.
Por isso, a dica é já fazer uma ronda dos itens de desejo em sites de busca.
“Anote tudo e compare os preços depois: isso vai evitar que o consumidor seja enganado”, explica.
Cuidado com falsas ofertas | Dica é já começar a pesquisar preços
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A Black Friday —maior liquidação do varejo do país— acontece em 29 de novembro, daqui a um mês
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Neste ano, os descontos serão menores, diz pesquisa: na média, preços estarão 24% menores; em 2018, índice era de 29%
A sondagem da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC Brasil (serviço de proteção ao crédito) aponta que:
Otimismo
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43% dos empresários que vão participar das promoções acreditam que vendas em 2019 serão melhores do que as do ano passado
Abrangência
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Cresceu o número de empresas e lojas participantes: 21% dos estabelecimentos do comércio e serviços vão aderir à data neste ano; em 2018, taxa foi de 16%
Por que descontos serão menores neste ano?
1) Economia 'melhor': mesmo com recuperação lenta, empresários estão confiantes na retomada da economia e avaliam que não precisam dar descontos muito grandes para atrair o consumidor ‘a qualquer custo’
2) Novos participantes: com lojas e empresas aderindo à data pela primeira vez, há certa ‘cautela’: querem primeiro ‘sentir o campo’
Eletrodomésticos são queridinhos
Segundo pesquisa da plataforma de comparação de preços Zoom, itens mais desejados são:
*Mais de uma opção era possível no questionário
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Eletrodomésticos: 56%
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Eletrônicos (fora celulares): 50%
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Celulares: 48,5%
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Casa e decoração: 23%
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Roupas e acessórios: 20%
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Cosméticos e perfumaria: 15%
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Livros: 11%
Dicas para aproveitar os descontos
1) Comece a pesquisar agora
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Muitas empresas aumentam os preços algumas semanas antes da data e, ao chegar próximo do dia, ‘diminuem’ os valores novamente, oferecendo falsos descontos
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Dica é fazer já uma ronda dos itens desejados em sites de pesquisa de preços, como Zoom e Buscapé, anotar e comparar quando chegar na Black Friday
2) Estabeleça limite de gastos
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Lápis e papel na mão: saiba quanto você tem para gastar (lembrando que, no final de novembro, muita gente já vai ter recebido a primeira parcela do 13º salário)
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Vai aproveitar para comprar os presentes de Natal? Anote quantas pessoas serão presenteadas e qual o máximo de valor para cada uma. Pesquise itens considerando esse limite
3) Fuja do cartão de crédito
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Dê preferência para compras à vista, sobretudo se você vai usar o 13º, que é uma grana extra, que não vai entrar todos os meses
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Exceção: se você vai adquirir um bem durável, que já iria precisar de qualquer jeito (exemplo: geladeira nova), e se as parcelas cabem no orçamento mensal, vale a pena usar o cartão de crédito
4) Gastos extras
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Viagem de férias, festas de final de ano, presentes de Natal, matrícula e material escolar, IPTU
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Todas essas despesas devem ser lembradas na hora de planejar as compras da Black Friday
Saque de R$ 500 do FGTS não deve sacudir vendas
O levantamento aponta ainda que 33% dos consumidores pretendem guardar ou investir a grana e que 24% devem usá-la para despesas do dia a dia.
Compras aparecem em último: 17% pretendem fazer compras em supermercados e 13% querem adquirir produtos e serviços.
“Podemos esperar um efeito de consumo indireto de quem quita dívida, porque quem paga contas atrasadas e limpa o nome já está mais apto a voltar a comprar”, afirma Kawauti.
A Caixa divulgou, na última semana, novo calendário dos resgates. Todos os trabalhadores elegíveis poderão sacar a grana em 2019. Antes, o cronograma se estendia até março.
Divulgada em julho pelo governo federal, a medida pretende, agora, injetar até R$ 40 bilhões na economia ainda este ano.
As dúvidas sobre o saque podem ser consultadas no aplicativo FGTS (disponível para iOS e Android), pelo site fgts.caixa.gov.br ou pelo telefone de atendimento exclusivo 0800-7242019, disponível 24 horas.
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