O operador de petróleo da Petrobras Nairson Bonfim, 54 anos, tenta se aposentar há mais de dois anos, mas diz que está sendo difícil.

“Dei entrada no pedido de aposentadoria com tempo especial em setembro de 2017, mas até agora já tive vários impasses e o benefício ainda não foi concedido.”

Nairson explica que, depois de comparecer ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) na data marcada, o órgão demorou nove meses para dar um parecer.

“Já era setembro de 2018. Negaram meu pedido alegando que o PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário) de uma das empresas em que trabalhei estava com o preenchimento errado.”

Assim, o operador diz que não foi contabilizado o tempo especial correto de anos trabalhados.

“Pedi para a empresa retificar e contratei uma advogada, que deu o encaminhamento para o processo.

Mesmo com tudo certo, o INSS esqueceu de mandar a alteração do PPP e meu último pedido foi indeferido de novo”, reclama.

Nairson explica que tem urgência na concessão do benefício especial.

“Preciso me aposentar para aderir ao PDV (Plano de Demissão Voluntária) da empresa. Se não conseguir o benefício até junho do ano que vem, fico fora.”

INSS diz que pedido aguarda perícia médica​

Em resposta, o INSS diz que o pedido de aposentadoria especial foi negado em 10 de setembro de 2019, por falta de tempo de contribuição.

“O segurado contestou no dia 11 do mesmo mês. Para análise desse pedido, o INSS enviou, em 12 de dezembro de 2019, a documentação da atividade especial para parecer da perícia médica”.

​De acordo com o órgão, o leitor pode acompanhar o pedido pelo site gov.br/meuinss ou pelo telefone 135.