Metroviários de SP aceitam "cláusula de paz" e adiam greve prevista para esta quarta-feira

Trabalhadores voltarão a se reunir no dia 9 de março e, caso o Metrô não atenda a acordo, poderão fazer greve no dia 10

São Paulo

Os metroviários de São Paulo adiaram por pelo menos uma semana a greve da categoria, que poderia ocorrer nesta quarta-feira (4). Com isso, os trens do Metrô vão funcionar normalmente. 

Reunidos em assembleia na noite desta terça-feira (3), os trabalhadores decidiram aceitar "cláusula de paz" proposta pela Justiça do Trabalho de São Paulo à tarde.

Segundo representantes do Sindicato dos Metroviários, o motivo da possível greve é que a companhia não havia cumprido acordo fechado no ano passado, por meio de intervenção judicial, que garantia o pagamento da PR (Participação nos Resultados) no último dia 28 de fevereiro.

De acordo com a assessoria de imprensa dos Metroviários, o pagamento tinha sido suspenso por meio de liminar (decisão provisória) conquistada pelo Metrô no TST (Tribunal Superior do Trabalho), mas a categoria reivindica os valores.

No acordo fechado na tarde desta terça, foi definido que haverá nova audiência no dia 16 de março para debater os pontos onde há discordância entre os trabalhadores e a empresa.

O sindicato, no entanto, afirma que espera o pagamento da PR até 9 de março. Caso contrário, os funcionários podem parar no dia 10.

Acordo

Segundo informações do TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região), que mediou o acordo, alguns pontos ainda são impasse, entre eles, o não pagamento de participação nos resultados com base na decisão liminar do TST.

Outro ponto onde também ainda há impasse entre trabalhadores e Metrô é a retirada do adicional da periculosidade dos trabalhadores de áreas que cuidam de pintura e escadas rolantes.

Procurado às 21h30, o Metrô não respondeu aos questionamentos da reportagem.

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