Descrição de chapéu Coronavírus

Sem álcool em gel na crise do coronavírus, coveiros ameaçam fazer greve na capital paulista

Funcionários do Serviço Funerário Municipal da Prefeitura de SP querem equipamentos de proteção individual, além do fim dos velórios

São Paulo

Os mais de 800 funcionários do Serviço Funerário da Prefeitura de São Paulo prometem cruzar os braços em meio à pandemia de coronavírus por falta de material de proteção.

Segundo Sindsep (sindicato dos servidores públicos municipais), falta álcool em gel nos cemitérios e demais locais de trabalho. Além disso, até semana passada, havia máscaras vencidas e o total de roupas de proteção fornecidas era insuficiente para evitar a contaminação de servidores.

"Até semana passada não tinha álcool em gel e tinha máscaras vencidas. Agora, começou a chegar, mas o álcool em gel está escasso. Estamos correndo os cemitérios para falar com os trabalhadores", diz João Gomes, diretor do sindicato.

Nesta terça-feira (31), a categoria entregou à autarquia um documento com reivindicações, no qual lista as falhas. Dentre os pedidos estão equipamentos individuais de segurança em quantidade adequada para que os profissionais não se contaminem com o coronavírus.

Além disso, eles também pedem que sejam contratados 200 funcionários aprovados no último concurso. O sindicato afirma que houve contratação de terceirizados, que não estariam sendo treinados adequadamente para a função.

Os profissionais reivindicam ainda que os trabalhadores acima de 60 anos e os que fazem parte dos grupos de risco fiquem em casa, conforme decreto que atende a outras áreas da administração. Eles pedem também que sejam suspensos os velórios na capital.

Em resposta à reportagem do Agora, a prefeitura informou que está adotando novas ações no que diz respeito ao Serviço Funerário Municipal. Dentre elas estão contratação de coveiros temporários, locação de veículos, equipamentos de proteção e diminuição do tempo dos velórios.

A administração municipal diz ainda que, embora o número de sepultadores na capital seja de 257 profissionais, 60% foram afastados por ter mais de 60 anos e fazer parte do grupo de risco.

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