A assistente financeira Renata Rodrigues, 36 anos, de Diadema (Grande SP), afirma que a conta de energia elétrica com vencimento em julho chegou com valor bem acima do que ela costuma pagar. A leitora relata que, em média, pagava R$ 150 de luz, mas recebeu uma fatura de R$ 260.

“A Enel precisa revisar essa conta. No condomínio onde moro, quase todos estão reclamando da mesma situação. Não faz o menor sentido eu ter que arcar com essa diferença absurda. A nossa rotina não mudou por causa da pandemia. Somos apenas duas pessoas na casa. Usamos chuveiro a gás e o computador só é recarregado de vez em quando, não fica o tempo inteiro na tomada nem a televisão fica ligada na tomada”, afirma ao Defesa do Cidadão."

Renata conta que, onde mora, não foi possível realizar a autoleitura, pois os moradores não têm acesso ao relógio. “Em maio e em junho, a Enel cobrou pela média. Agora, quer cobrar a diferença, mas o fato é que nem todo mundo gastou tanto assim a mais”, diz.

De acordo com a profissional, ao fazer contato com a central de atendimento da Enel, sempre recebe a mesma informação, de que a cobrança é devida e está correta. Além disso, falam que não podem fazer nada. “Não sei mais a quem recorrer. Apenas anoto protocolos. Estou me sentindo lesada”, afirma ela à reportagem.

“Peço a intervenção do Defesa do Cidadão para que essa situação seja resolvida de maneira definitiva. Afinal, não apenas eu estou vivendo esse descaso da Enel com o consumidor.”

Enel diz que cobrança é correta

A Enel Distribuição São Paulo informa, por meio de sua assessoria de imprensa, que entrou em contato com a cliente e esclareceu que a fatura do mês de maio foi calculada pela média do consumo dos últimos 12 meses, procedimento autorizado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), devido à pandemia de coronavírus.

A empresa diz ainda que o valor da conta é referente ao acumulado dos meses anteriores, que não tinham sido cobrados. Por isso, não cabe revisão.