O comerciante Fabio Luiz Dominiquini, 41 anos, da Lapa (zona oeste), conta que, em média, o consumo de energia elétrica de seu restaurante tem valor entre R$ 500 e R$ 800 por mês.

Ele afirma que o imóvel está fechado desde o dia 18 de março por causa da pandemia de coronavírus, mas, mesmo assim, ele reclama que recebeu uma fatura no valor de R$ 2.862.

“Tenho um pequeno restaurante que não posso abrir há mais de cem dias, o que já é um grande prejuízo. Agora, a Enel cobra o que não foi consumido. Além de inaceitável, não tenho condições de pagar”, diz ele.

O leitor afirma que também recebeu contas de energia nos meses de abril e de maio, no valor de R$ 800. “Pensei que viria apenas uma taxa. Mesmo a contragosto, paguei a de abril, mas a outra, não. Qual é o sentido de enviarem uma conta de luz neste valor sendo que o imóvel está fechado todo este tempo?”, questiona.

Dominiquini relata que registrou reclamações no aplicativo da concessionária e tentou falar com algum atendente na central de atendimento, mas não obteve sucesso. “Fiquei pendurado na linha por 30 minutos, ouvindo apenas gravações eletrônicas. Também não retornam minhas mensagens no aplicativo. É um desrespeito o que estão fazendo com o consumidor”, queixa-se ele ao Agora.

“Recorro ao Defesa do Cidadão para solicitar as devidas providências contra o abuso da Enel na cobrança das contas de luz e para que me devolva a diferença cobrada. Tenho percebido que muitos outros consumidores têm sofrido com as mesmas injustiças”, afirma.

Enel diz estar fazendo análise

A Enel Distribuição São Paulo informa que está apurando o caso e que está tentando contato com o cliente. A empresa reforça que os consumidores que desejarem podem parcelar os débitos ou a própria conta em até dez vezes e as parcelas serão cobradas nas faturas de energia ou em até 12 vezes no cartão de crédito. Para realizar a negociação, os clientes podem acessar https://portalnegociacao.eneldistribuicaosp.com.br/#/home, no site da distribuidora, ou o aplicativo da Enel São Paulo.