O Sindicato dos Metroviários de São Paulo adiou possível greve de trabalhadores para a próxima semana. A categoria decidiu aguardar uma nova audiência na Justiça do Trabalho, no dia 13 de julho. Se ocorrrer, a paralizsção atingirá as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata.
Uma nova assembleia está marcada para terça-feira (14), a partir das 18h. Como é online, a votação fica aberta por cerca de três horas, para que os trabalhadores consigam participar da decisão.
Na assembleia desta terça (7), com votação online para deliberação sobre a greve, metroviários citaram "medo de trabalhar" durante a pandemia e dificuldade em negociar com o Metrô desde que houve o corte nos salários. Foram feitas duas reuniões no TRT (Tribunal Superior do Trabalho) para uma conciliação.
No fim de junho, os profissionais cogitaram uma greve com catraca livre, com o sistema funcionando sem o pagamento de passagem, mas a proposta foi recusada.
A categoria está em "estado de greve" desde o último dia 29 de junho, com parte dos funcionários do Metrô trabalhando vestindo coletes, adesivos e broches nas estações pela manutenção do acordo coletivo, que vigorou até o dia 30 de abril, de direitos e do plano de saúde.
Segundo o sindicato, a empresa reduziu a hora extra de 100% para 50%, o adicional noturno de 50% para 20%, a gratificação de férias para 1/3 do salário e extinguiram o adicional de risco de vida para algumas funções, a compensação salarial e o auxílio-transporte, entre outras mudanças, sob argumento de "queda na arrecadação das tarifas".
A intenção dos profissionais, ainda de acordo com a entidade, seria conseguir a manutenção do acordo coletivo que vigora entre 2019/2020, justamente por causa da pandemia de coronavírus. A data-base da categoria é 1º de maio e, desde então, ocorrem tentativas de acordo com a empresa.
A assessoria de imprensa do Metrô afirma que houve queda de 70% na arrecadação da empresa por causa da pandemia do novo coronavírus.
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