A técnica de enfermagem Vilma Machado Cruz, 52 anos, tenta voltar a receber o auxílio-doença do INSS.
A segurada teve o benefício concedido em janeiro de 2018, após sofrer um infarto. Os pagamentos, no entanto, foram cessados em dezembro de 2019.
“Foi dada alta porque não levamos o laudo e o atestado a tempo da última perícia. A médica colocou que não havia incapacidade laborativa, mesmo ela estando com metade do ventrículo esquerdo acinético, ou seja, parado”, diz o filho Wesley Antonio Machado da Silva, 30 anos, que também é técnico de enfermagem.
Ele explica que, em dezembro, um recurso foi protocolado e houve informação de que seriam solicitados documentos adicionais. As exigências, no entanto, nunca foram apresentadas.
Outra perícia foi agendada, explica Silva, mas, na data marcada, a segurada estava sentindo muita falta de ar e não pode comparecer.
Logo em seguida, teve início a pandemia do coronavírus e as agências foram fechadas. Com isso, os serviços presenciais, incluindo perícias, foram suspensos.
“Tudo passou a ser feito pelo Meu INSS, ao qual sempre tivemos acesso, mas há serviços que estão inacessíveis, como resultado de perícia. A informação que aparece é que há divergência de dados cadastrais, o que impede de fazer qualquer agendamento ou solicitação dentro do aplicativo.”
Silva diz que a mãe ainda não consegue voltar ao trabalho e que precisa com urgência do benefício. “Ela faz uso de muitos medicamentos e a maioria não é fornecida pelo posto.”
Instituto ainda analisa recurso
O INSS informa que o recurso contestando a cessação do auxílio-doença está na 6ª Junta de Recursos para julgamento.
“Quanto ao acesso ao Meu INSS, a segurada solicitou atualização de dados cadastrais. O pedido foi analisado pelo INSS, que concluiu que é preciso apresentar documentação complementar.”
No site do INSS, em inss.gov.br, está disponível vídeo com explicações de como acessar o serviço de cumprimento de exigências e fazer a anexação dos documentos no Meu INSS.
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