O aposentado Luiz Alberto Spinola de Castro, 74 anos, da Chácara Inglesa (zona sul), reclama do valor da conta de energia elétrica. Segundo o leitor, a média de consumo era R$ 500, mas foram debitados R$ 1.103,03 de sua conta-corrente, referentes à fatura com vencimento em julho.
“Normalmente, o valor já é alto, embora tenhamos sistema de aquecimento solar. O fato é que, agora, a distribuidora de energia está cobrando o dobro”, diz.
O leitor relata que paga as contas de luz por meio de débito automático, mas tem o costume de conferir antes os valores mensais. “Recebemos uma conta sem o valor a ser pago. Tentamos verificar essa informação no site e no aplicativo da Enel, porém não conseguimos nada. Apenas recebemos uma mensagem dizendo que estão melhorando o aplicativo.”
O aposentado afirma que, no dia 20 de julho, foi surpreendido com o débito de mais de R$ 1.000 sem ser notificado antecipadamente e sem poder analisar o aumento. “Não tive acesso nem à segunda via para conferir”, queixa-se.
Castro conta que, mesmo com a pandemia, a rotina em sua residência não mudou. “São apenas três pessoas na casa. Não compramos nada a mais que justificasse esse verdadeiro absurdo. Os clientes da Enel estão sendo vítimas de cobranças abusivas. Temos acompanhado nos meios de comunicação centenas de pessoas reclamando. Não bastasse o que estamos passando com essa pandemia, colocam também a mão em nosso bolso. Peço a intervenção do Defesa do Cidadão para que a Enel tome providências.”
Empresa mantém cobrança
A Enel Distribuição São Paulo informa que as faturas de abril, maio e junho foram calculadas pela média dos últimos 12 meses, procedimento autorizado pela Aneel (agência reguladora) devido à pandemia do coronavírus.
Em julho, com o retorno da leitura gradual, foram incluídas as diferenças de consumo não geradas nos meses anteriores. A distribuidora diz ainda que está oferecendo o parcelamento dos débitos em até 12 vezes sem juros no financiamento, na própria conta ou no cartão de crédito.
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