O presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Leonardo Rolim, pediu nesta segunda-feira (14) paciência aos segurados que foram até as agências e não conseguiram atendimento. "As pessoas precisam ter um pouco de paciência", disse, em entrevista à Globo News.
O anúncio da retomada dos atendimentos do instituto em todo o país a partir desta segunda levou centenas de segurados às agências da Previdência. No entanto, em São Paulo, a reabertura foi cancelada após decisão da Justiça, na noite de domingo (13), mandando o instituto manter as portas fechadas.
O INSS alega que avisou os beneficiários com agendamento por meio de SMS, email e pelo portal Meu INSS sobre a não reabertura, mas o aviso não surtiu o efeito esperado, muitos não viram o recado e outros podem estar com o cadastro desatualizado. Com isso, houve filas nas agências e muitos voltaram para casa sem atendimento.
A decisão de não retomar o atendimento presencial vale apenas para São Paulo. No entanto, os peritos médicos já haviam anunciado que não voltariam ao trabalho e, mesmo assim, houve a confirmação, pelo próprio INSS, de que perícias seriam feitas. Rolim pediu desculpas. "Aproveito para pedir desculpas àquelas pessoas que foram até as agências e que não conseguiram ter atendimento a tempo", disse.
O presidente do INSS também informou que há um portal onde o segurado pode acompanhar a abertura das agências e a possibilidade de atendimento. Basta acessar covid.inss.gov.br. Para que as agências da Previdência voltem a funcionar em SP, no entanto, é preciso liberação judicial.
Ele afirma que o instituto já recorreu da decisão. "Nós já recorremos, deixando claro que INSS é uma atividade essencial, que nós temos obrigação de atender as pessoas." Rolim diz que o protocolo sanitário adotado é seguro. "Já estamos mostrando ao Poder Judiciário que nosso protocolo é rígido, portanto a segurança dos segurados e dos servidores do INSS está garantida."
Trabalho segue de forma remota
Os servidores administrativos do INSS haviam anunciado greve contra a reabertura das agências, alegando que há alto risco de contaminação por Covid-19 tanto de funcionários públicos quanto de servidores. Já os peritos médicos disseram que não fariam greve, mas comunicaram ao INSS que não voltariam ao trabalho nesta segunda.
O motivo alegado pelos peritos é que não há segurança sanitária nas agências vistoriadas por eles. Usando este argumento, que consta em nota pública da categoria, o SINSSP (Sindicato dos trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo) conseguiram liminar que garante a todos a manutenção do trabalho remoto.
O segurado pode continuar realizando os atendimentos por meio da Central 135 e do aplicativo e portal Meu INSS. Além disso, mesmo em locais onde houve a reabertura, muitos serviços não foram retomados, pois o instituto optou por fazer só o que considera essencial, em uma reabertura gradual.
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