O barbeiro Luiz Targino, 61 anos, espera há mais de um ano pela análise de recurso contra o indeferimento da sua aposentadoria.
Segundo ele, o pedido do benefício por tempo de contribuição foi feito junto ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em fevereiro de 2019. Em agosto, teve a solicitação negada por falta de tempo mínimo.
Até a reforma da Previdência, em 13 de novembro de 2019, as exigências para a aposentadoria por tempo de contribuição eram 35 anos de recolhimentos ao INSS (para homens) e 30 anos (para mulheres).
“Uma das empresas em que trabalhei, entre 2001 e 2003, recolhia o INSS dos funcionários e não repassava à Previdência. Foi esse o período que ficou faltando”, diz. “Quando entrei com o recurso, já tinha novos comprovantes para apresentar sobre o tempo trabalhado nessa empresa, mas o INSS não pede para apresentar a documentação e também não consigo anexar pelo Meu INSS”, queixa-se.
Targino diz que reuniu holerites e outros documentos obtidos na Junta Comercial de SP, no Ministério do Trabalho e na Caixa.
De acordo com ele, o último andamento no pedido de recurso foi em dezembro de 2019, quando foi solicitada atualização cadastral.
O barbeiro conta que “felizmente” continua trabalhando com carteira assinada, mas se diz inconformado com a demora na concessão do seu benefício.
“Já são quase dois anos esperando, é muito tempo. Só da análise do recurso, é mais de um ano sem resposta, apenas há a mensagem de que estão analisando no aplicativo Meu INSS.”
Leitor deve enviar documentos
Em resposta, o INSS afirma que analisou o pedido do leitor e que, para dar prosseguimento ao processo, ele precisa apresentar a justificativa do seu pedido de recurso. “Ele também pode anexar outros documentos diferentes daqueles que já apresentou”, diz o órgão. Para obter mais informações, é possível acessar o Meu INSS pelo aplicativo ou site gov.br/meuinss, ou pelo telefone 135, de segunda a sábado, das 7h às 22h. O INSS enviou mensagem com essas informações para o email cadastrado no processo.
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