O vendedor Marcos Alexandre da Silva, 46 anos, tenta receber os atrasados do auxílio-doença do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) desde dezembro do ano passado.
Devido à pandemia, as agências da Previdência ficaram fechadas de meados de março até setembro.
Como procedimentos presenciais —caso da perícia médica— foram suspensos, o instituto passou a conceder um adiantamento de R$ 1.045 (salário mínimo vigente em 2020) para segurados que solicitassem o auxílio-doença e enviassem atestado médico válido.
Assim, ficou determinado que a exigência de perícia ficaria temporariamente suspensa e que as diferenças em relação ao que o trabalhador deveria receber e o benefício que foi efetivamente pago seriam quitadas posteriormente.
“Fiquei afastado por 60 dias a partir do início de julho e recebi a antecipação de R$ 1.045 por mês”, diz.
“Mas minha média salarial passa de R$ 5.000 por mês, então faz falta essa diferença que ainda não me pagaram”, afirma ele.
O vendedor diz que foi aberta “revisão de auxílio-doença com documento médico” pelo Meu INSS em dezembro, mas que, até hoje, o pedido está em análise.
“Já fiz reclamação tanto na Ouvidoria quanto no 135, mas não resultou em nada, apenas dizem que não há previsão para o término da análise e muito menos para o pagamento das diferenças”, queixa-se.
“Quando vem o contracheque, já vem a contribuição descontada, mas quando precisamos receber uma diferença de dois meses, nem sequer dão previsão.”
INSS diz analisar o caso
O INSS informa que recebeu o pedido de revisão feito pelo segurado, mas que a solicitação ainda está sendo analisada.
“Em atenção ao senhor Marcos Alexandre da Silva, informamos que a revisão da antecipação do auxílio por incapacidade temporária, recebida pelo segurado em 2020, está em análise pelo INSS”, afirma o órgão.
Para informações, o segurado pode consultar o Meu INSS (aplicativo ou site meu.inss.gov.br) ou ligar para o 135.
Envie também sua reclamação ou dúvida sobre benefícios do INSS para o email: defesa.aposentado@grupofolha.com.br
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