A analista de recursos humanos Tabata Viana, de 31 anos, de Itapevi (Grande SP), relata que recebeu uma conta de luz no valor de R$ 1.278,47, com vencimento em abril, referente ao mês de março.
Tabata diz que a cobrança está totalmente fora da realidade do valor que ela sempre paga para a Enel, por volta de R$ 70, no máximo.
Ao analisar o consumo, ela notou que a distribuidora de energia aferiu 1.656 kWh (quilowatts-hora), sendo que o consumo real da casa dela foi de 63 kWh naquele mês. “Ou seja, a empresa faturou em um mês o equivalente a 26 vezes o total de energia que eu e o meu marido consumimos”, reclama à reportagem do Defesa do Cidadão.
“É como quererem cobrar de uma única vez mais de dois anos de conta de energia. Eu moro nessa casa há 11 meses e sempre pagamos a conta de luz certinha”, afirma Tabata, que está desempregada há um mês.
Ela explica ainda que mora em um quintal onde existem mais duas casas e diz que a leitura da energia não teve o mesmo salto nas outras residências.
Sem saber o que estava acontecendo com a verificação do consumo de sua energia elétrica, a analista foi até uma agência da Enel pedir uma explicação.
“Não souberam dizer nada sobre a leitura e de onde é esse consumo tão alto. Só disseram que eu preciso pagar primeiro para depois pedir a revisão do valor”, diz.
Tabata afirma que os únicos aparelhos que ficam ligados na tomada são a geladeira e o micro-ondas. “Não tem como pagar esse valor sem saber o motivo, quero uma revisão”, reclama.
Empresa parcela os valores
Em nota enviada ao Defesa do Cidadão, a Enel informa que a fatura com vencimento em abril contempla o consumo do mês mais o acúmulo não faturado no mês anterior, que foi calculado pela média dos últimos 12 meses.
Dessa forma, o consumo acumulado foi parcelado em duas vezes e incluído na própria fatura, procedimento autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica. A distribuidora diz ainda que realizou uma visita técnica e não identificou problemas no medidor.
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