Descrição de chapéu INSS Defesa do Cidadão

Faxineira cobra resposta para o auxílio-doença

Leitora apresentou pedido em outubro, mas ainda não recebeu nenhum retorno

São Paulo

Moradora de Campinas (93 km de SP), a leitora Aparecida de Lima Cassiano, 60 anos, espera desde outubro do ano passado a resposta do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para um pedido de auxílio-doença.

Até outubro, Aparecida trabalhava como faxineira, mas, segundo ela, teve de interromper o serviço por conta de diversos problemas de saúde. A segurada diz que possui bico de papagaio (um tipo de problema na coluna), fibromialgia (uma doença que provoca dores pelo corpo), artrose no joelho e hipertensão arterial.

Faxineira Aparecida de Lima Cassiano, de Campinas (SP), tem dores no corpo e sequelas da Covid-19 - Arquivo pessoal

Em julho, Aparecida teve Covid-19. “Ficaram algumas sequelas. Agora, além das dores, tenho dificuldade para respirar, o que me dá muito cansaço, mesmo depois de pequenos serviços.”

A faxineira informa que fez o pedido de benefício pelo site do INSS. Ela garante ter enviado os atestados médicos que comprovam os problemas. Desde então, diz que não recebeu nenhum retorno, nem mesmo uma convocação para perícia.

No ano passado, por conta da pandemia, o INSS suspendeu a realização de perícias presenciais. Para isso, o instituto estava antecipando um salário mínimo (de R$ 1.045 em 2020) para os solicitantes que enviassem a documentação médica que justificasse o pedido.

Se o beneficiário tivesse direito a um auxílio maior do que o mínimo, a diferença seria paga depois. O INSS adotou a medida novamente neste ano, em razão do segundo pico da pandemia, mas com algumas diferenças. Agora, não é pago mais um adiantamento, mas o valor exato a que o trabalhador tem direito.

“Estou implorando para que o INSS me atenda. Como estou sem trabalhar, estamos com muita dificuldade aqui em casa”, lamenta.

INSS terá que realizar perícia

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) informou, por meio de nota enviada por sua assessoria de imprensa à reportagem, que não foi possível concluir a análise do pedido feito por Aparecida de Lima Cassiano somente por meio da documentação apresentada. “Por isso, ela deverá agendar uma perícia médica presencial no prazo de sete dias, a contar da ciência da comunicação. Questionada, Aparecida disse que não foi informada a respeito da necessidade da realização de uma perícia médica presencial.

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