Morador da cidade de Cosmópolis (135 km de SP), o leitor Marco Antonio Alves Gomes, 48 anos, começou a receber sua aposentadoria por tempo de contribuição em abril. Ele conta que, com a conversão de tempo especial trabalhado em uma indústria do ramo químico, somou 37 anos.
O benefício foi concedido pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) com data retroativa a dezembro de 2016. Gomes já está recebendo a aposentadoria, mas ainda não teve acesso ao dinheiro referente aos atrasados, do período entre 2016 e 2021.
O pedido de aposentadoria foi feito em 2016, mas, inicialmente, foi indeferido. Gomes recorreu e, depois de o caso chegar à última instância, o INSS foi obrigado a conceder o benefício.
“Esse valor retroativo é meu direito. Eu trabalhei e contribuí por muitos anos e agora exijo o que é meu. Esse dinheiro está me fazendo falta”, diz Gomes.
O segurado diz que chegou a entrar em contato com o INSS em diversas ocasiões para buscar informações sobre seu pedido. Ele conta, entretanto, que não recebeu nenhum posicionamento sobre a situação. “Infelizmente, não há nenhuma sinalização de que o pagamento será feito.”
Desempregado desde 2018, Gomes diz que precisa da grana dos atrasados para ajudar a organizar as finanças da casa. “Quando eu saí da empresa, eu ainda não estava recebendo a aposentadoria. Tive que usar parte das verbas rescisórias. Isso ajudou, mas chega uma hora que dificulta”, comenta.
Valor ainda está em ‘auditagem’
Por meio de nota enviada ao Agora, o INSS afirmou que “o valor devido ao segurado está no setor técnico para auditagem”. Não foi informado um prazo para que o dinheiro seja liberado ao beneficiário.
Entretanto, o instituto orienta ao segurado que acompanhe seu processo por meio de seus canais oficiais, como o Meu INSS, também disponível para aplicativo de celular, e o telefone 135.
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