Há quase um ano, Lindalva da Silva Oliveira, 69 anos, aguarda pelo recebimento do seu BPC (Benefício de Prestação Continuada). Segundo ela, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) já aprovou a sua solicitação. Mesmo assim, os valores ainda não começaram a ser depositados.
Moradora de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, Lindalva teve o pedido negado em 2017. Ela, então, recorreu ao órgão para tentar reverter a decisão. O recurso foi aprovado em setembro de 2020.
Desempregada desde 2010 e com problemas de saúde, Lindalva diz que, em março deste ano, a plataforma Meu INSS informava que o benefício seria implantado. Mesmo assim, ela ainda não teve acesso a esse dinheiro.
O BPC possui o valor de um salário mínimo (atualmente em R$ 1.100) e é destinado a idosos a partir de 65 anos e a pessoas com deficiência. Para poder receber o benefício, a família tem de ter renda mensal por pessoa de até 25% do piso salarial. Ou seja, cada pessoa do grupo familiar que more na casa pode receber até R$ 275 por mês.
Lindalva mora com uma filha, que também está desempregada. Sem o benefício, tem de pedir ajuda a parentes. “Eu tenho oito filhos. Estou dependendo deles para tudo. E, com a pandemia, as coisas pioraram ainda mais”, afirma.
“Não chegou a faltar nada. Mas é aperto em cima de aperto. Não estou passando fome, graças a Deus. Mas é muito difícil. Recebo ajuda de cesta básica. Se não tivesse isso, estaria bem pior.”
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